Como falei hoje de manhã, o Avaí sabe jogar futebol. Mostrou já no primeiro jogo. A manutenção de 80% do time titular foi um ponto muito positivo da nova diretoria, que rompeu com o modus ignorantis de se fazer futebol que reinava na Resacada, tenha sido por convicção ou por necessidade. A derrota não foi de apavorar o torcedor avaiano.
Vamos a mais uma parte da análise do jogo de domingo, dessa vez, tentando ver o copo meio cheio.
Não comprometeram ou merecem mais paciência.
Marquinhos Santos botou os companheiros na cara do gol algumas vezes. Craque. Está fininho. Maior ídolo da história recente do Avaí, quiçá de toda. Nunca foi rápido, mas a forma física ainda não é das melhores. Início de temporada para quem não é um garoto não é tão fácil.
O mesmo vale para o Cleber Santana. Aliás, é outro craque. Nenhuma novidade, joga muito. Mas ainda pode dar além do que deu. Se continuar no arroz com feijão de 2013, não vai passar novamente de bom jogador. Precisa ser a referência e a solução, junto com Marquinhos. O cara que resolve quando o ataque não funciona - e que já mostrou que não funciona.
Eduardo Costa parece até que está doente, de tão seco. Joga e jogou muita bola. Julio César entrou sem marcar ninguém, mas também não precisava tanto. O esquema do Ibirama facilitava as subidas pelo meio e jogava mais pelas pontas. É cedo pra falar qualquer coisa. Eduardo Neto foi destaque positivo, mas o preparo físico ainda pesa. Principalmente na grama alta do Hermann Aichinger.
Diego foi bem e salvou o Avaí de levar uma goleada. Com a zaga que temos, nem o Taffarel daria jeito. Arlan voltou de lesão e comprometeu, entregando a bola do segundo gol, mas pode voltar a ser o lateral direito que precisamos. Também levou nas costas no primeiro. Ainda assim, é uma questão de paciência até que ele volte ao ritmo. Ficou meses parado.
Talvez o Avaí não tenha o tempo que precisa para engrenar. São nove jogos só para definir o quadrangular final. Agora, oito. O campeonato é um tiro curto demais para se ter paciência. Mesmo com quem merece.