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Archive for janeiro 2014

Yes, we can

Já em Ibirama, mesmo com a derrota, foi possível ver um Avaí com boas virtudes. Principalmente no primeiro tempo. Um time de toque de bola rápido, articulado, levando perigo com chutes de fora da área e dois craques de camisa 10. Os problemas pontuais que levaram à derrota não esconderam o que se viu. Como o campeonato não é o Avaí versus o Avaí, o cenário fica animador. Os principais concorrentes ao título estão patinando. 

O Metropolitano derrotou o Joinville, que ainda não venceu. O Criciúma ganhou do Figueirense com as calças na mão, num jogo pavoroso, de machucar os olhos. Aliás, o rival do estreito vem patinando feio nessa largada, apesar da vitória no primeiro jogo. É o time mais cagado que conheço. A Chapecoense, que já havia perdido para o Juventus, agora empatou com o Marcílio Dias no Indio Condá. De todos os adversários, o Criciúma parece o mais qualificado. 

Pode até ser muito cedo, mas para quem previa um 2014 desastroso, já me arrisco a dizer que a taça periga parar mais uma vez na Ressacada.  

Symbiosis avaianensis.



Em clubes sem muita tradição, inexiste a mística da camisa 10. No Avaí, ela pesa. Sob o número em que nasceram as lendas Zenon, Adilson Heleno e Grizzo, Marquinhos Santos e Cleber Santana estão escrevendo também seus nomes na história. Podem ainda mais.

Ainda que não usem o mesmo número, jogam com ele. Carregam nos pés a responsabilidade de decidir o campeonato. Nas costas, o número pouco importa. Recai sempre sobre o 10 todo o peso de ser o craque. O Avaí tem dois. Se jogarem como um, em perfeita sintonia, fazendo jogadas e gols espetaculares tal qual na noite de quarta-feira, teremos uma nova categoria mística na Ressacada: a simbiose da camisa 10. Se isso acontecer, segurem o Avaí. Se puderem.

Um 2013 azeitado.

O Avaí de 2014 com certeza enfrentará muitas dificuldades. Uma boa vitória contra o Juventus não é parâmetro para nada. Porém, mesmo com dois jogos somente até agora, podemos dizer desde já que temos o time de 2013 azeitado nas posições até então carentes. Com Roberto e Tinga na lista de espera para mostrar futebol, completamos um elenco forte para um longo ano de competição.

O acerto de Emerson Nunes.
Se ameaçou tirar três titulares do time no treinamento da tarde anterior ao jogo, na escalação para o jogo fez o certo: trocou Pablo e manteve Betinho e Luciano. Ambos marcaram seus gols na partida. Se quiserem, podem consagrar-se no Avaí sendo assistidos pelos bons meias meias do Avaí.

Habemus secundum volante.
Se a maldição da camisa 9 continua, com o inapto a gols Betinho na última linha de campo, a maldição da camisa 8 acabou. Depois de Léo Gago, o Avaí não conseguiu mais achar um jogador com qualidade ofensiva para vesti-la. O último, Anderson Uchoa, chegou a passar vergonha ontem pelo Criciúma. Julio César não marca muito, mas cumpre um papel importantíssimo no meio campo, dando uma dinâmica menos letárgica ao time. Mesmo com somente dois jogos, já mostrou atributos há tempos não vistos na Ressacada. Foi coroado com uma bela assistência no jogo.

Começamos 2014 mais fortes.

O Avaí sabe jogar bola. Amém.

Diferente de outros anos, o Avaí começa 2014 jogando bola. Provavelmente reflexo da manutenção de boa parte do time, com a complementação de gratas surpresas, como Bocão, Eduardo Neto e Julio César. Não senti muita confiança em Antônio Carlos, mas jogou melhor do que Pablo no primeiro jogo - até porque piorar seria muito difícil. 

O placar de 4x0 para cima do Juventus de Jaraguá foi elástico e reflete a completa superioridade do Avaí. A despeito da fragilidade do adversário, o Leão jogou um bom futebol, dando esperanças para este ano que prometia ser pavoroso.

Ainda que a fragilidade do adversário fosse flagrante, vale a pena destacar alguns pontos do jogo da noite passada.

Cleber Santana e Marquinhos: craques do Avaí.
Donos do jogo, apesar dos dois gols de Luciano. Jogando como devem, próximos e trocando passes, Marquinhos e Cleber mostraram em um lance o que são contratados para fazer: protagonizar o espetáculo. 

Especial destaque para a excelente partida de Marquinhos Santos, com mais assistências para o currículo, inclusive uma genial de cabeça. No segundo, Cleber tomou a frente nas ações ofensivas e mostrou toda sua qualidade. Excelente também a solução adotada, de revezamento entre ambos, trocando de posição entre direita e meia. É o que Hemerson Maria deveria ter feito, mas não fez, ano passado. 


Às 20h, os acertos de Emerson Nunes e o fim da maldição da camisa 8. 

As expectativas para Avaí x Juventus.

A noite de hoje promete um jogo para definir os rumos do Avaí no campeonato. Em uma fórmula de 9 jogos, perder jogo em casa para o Juventus, com todo o respeito ao time adversário, é arriscar demais.

Antes de jogo bonito, bola na gaveta, troca intensa de passes, o Avaí precisa entrar em campo focado na vitória. Não importa se o gol da vitória virá de um chute de trivela ou de bunda. São 8 jogos e ainda 4 confrontos com times das Séries A e B até o final. Parada dura. 

Escalação do Avaí.

Apesar de depositar no técnico Emerson Nunes um voto de confiança até agora, quero acreditar que a sinalização feita no treino, de que Pablo, Betinho e Luciano possam perder a posição, não se concretize. A hora é de buscar conjunto e entrosamento, modificar a escalação bruscamente já na segunda partida pode se mostrar mais desastroso. Espero que no máximo dois destes não sejam titulares, se for para mexer no time. As falhas do primeiro jogo podem não se repetir, assim como podem. Não temos tempo para errar, mas também não temos para inventar. 

Horário do jogo.

Além da partida contra o Juventus, o Avaí ainda mandará mais dois jogos na Ressacada em quartas-feiras às 19:30h. Obrigado, PFC e Federação! Vocês parecem não conhecer o trânsito de Florianópolis. 

Volte a ser sócio. 

Deixou de pagar as mensalidades por algum motivo nos últimos anos e não conseguiu mais se associar porque precisa pagar o que está atrasado? Aproveite enquanto há tempo!


O Avaí que soube jogar bola em Ibirama.

Como falei hoje de manhã, o Avaí sabe jogar futebol. Mostrou já no primeiro jogo. A manutenção de 80% do time titular foi um ponto muito positivo da nova diretoria, que rompeu com o modus ignorantis de se fazer futebol que reinava na Resacada, tenha sido por convicção ou por necessidade. A derrota não foi de apavorar o torcedor avaiano. 

Vamos a mais uma parte da análise do jogo de domingo, dessa vez, tentando ver o copo meio cheio.

Não comprometeram ou merecem mais paciência.

Marquinhos Santos botou os companheiros na cara do gol algumas vezes. Craque. Está fininho. Maior ídolo da história recente do Avaí, quiçá de toda. Nunca foi rápido, mas a forma física ainda não é das melhores. Início de temporada para quem não é um garoto não é tão fácil.

O mesmo vale para o Cleber Santana. Aliás, é outro craque. Nenhuma novidade, joga muito. Mas ainda pode dar além do que deu. Se continuar no arroz com feijão de 2013, não vai passar novamente de bom jogador. Precisa ser a referência e a solução, junto com Marquinhos. O cara que resolve quando o ataque não funciona - e que já mostrou que não funciona. 

Eduardo Costa parece até que está doente, de tão seco. Joga e jogou muita bola. Julio César entrou sem marcar ninguém, mas também não precisava tanto. O esquema do Ibirama facilitava as subidas pelo meio e jogava mais pelas pontas. É cedo pra falar qualquer coisa. Eduardo Neto foi destaque positivo, mas o preparo físico ainda pesa. Principalmente na grama alta do Hermann Aichinger. 

Diego foi bem e salvou o Avaí de levar uma goleada. Com a zaga que temos, nem o Taffarel daria jeito. Arlan voltou de lesão e comprometeu, entregando a bola do segundo gol, mas pode voltar a ser o lateral direito que precisamos. Também levou nas costas no primeiro. Ainda assim, é uma questão de paciência até que ele volte ao ritmo. Ficou meses parado.

Talvez o Avaí não tenha o tempo que precisa para engrenar. São nove jogos só para definir o quadrangular final. Agora, oito. O campeonato é um tiro curto demais para se ter paciência. Mesmo com quem merece. 





Os 3 pecados do Avaí no jogo de Ibirama.

Jogo ao vivo é sempre um desafio para uma boa análise. De qualquer maneira, o que vi em Ibirama foi um Avaí que sabe jogar futebol, mas novamente, como em 2013, não sabe chegar ao gol. Além de ter uma zaga de dar medo, possui atacantes com medo de enfiar a pelota nas redes. 

Os 3 pecados do Avaí. 


A zaga

Bruno Maia é um cara de sorte. Sem Héracles esse ano, tem Eduardo Neto ao seu lado. Vai enganar mais algum tempinho ainda, com a ajudinha de um bom lateral ao seu lado mais uma vez. Vi o Pablo tendo que segurar a barra pela esquerda algumas vezes, sendo ele incapaz de segurar pelo próprio lado. Enfim, se um peixe morre pela boca, o Avaí morre pela zaga. 

Betinho

Betinho desperdiçou 3 chances claras, mas uma absurdamente fácil. De frente com o goleiro, sozinho, chutou no meio do gol. No goleiro. Inaceitável. Chuta pra fora, mas tenta tirar do goleiro, seu cabeça de ovo. Ainda conseguiu perder na corrida para o goleiro. Vai cortar esse cabelo porque tu não é craque!

Luciano

Luciano lucianou. Teve uma chance claríssima e tentou um voleio com o peito do pé. Mete de chapa, de peito, de cabeça, mas faz o gol de uma vez, seu ixtepô. 


À tarde, a continuação das impressões. Dessa vez, com o lado meio cheio do copo. 

Blogar é um vício.

Em maio de 2013, quando encerrei o blog pela trocentésima vez, jurei que não escreveria mais sobre futebol. Que havia assuntos mais importantes para se escrever sobre. Bom, há mesmo assuntos muito mais importantes. Inclusive estou escrevendo uma bela revisão sobre os fenômenos de superfície na fotocatálise com dióxido de titânio, por exemplo. Mas nada impede de sentir a saudade de blogar. Escrever sobre o que se estuda é bom, seja por obrigação ou por gosto. Escrever sobre o Avaí é uma questão de lazer, mas principalmente vício. 

Ontem, o Avaí perdeu. Mas a análise do jogo eu vou fazer só amanhã. Por enquanto, um pequeno vídeo gravado em Ibirama. 

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