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Archive for maio 2011

A catástrofe tática e o medo de vencer.


O destino traçou que Silas ainda não está pronto para ser campeão de uma competição que valha algo além de uma taça. Novamente a sorte não premiou o pastor. Afinal, ela só premia quem merece. Até porque ganhar essa Copa do Brasil dependeria, antes de tudo, de sorte.

O esquema do Avaí no apito inicial.

O esquema covarde.
Diante do Vasco, dentro de casa, o Avaí entrou em campo com o esquema representado ao lado, um 5-3-2. Não é um mau esquema, pois permite flexibilidade tanto na defesa quanto no ataque a partir dos alas, principalmente porque o Julinho jogou muito mais avançado, como sempre, pela esquerda. Mas é um esquema muito mais defensivo, deixa o time adversário jogar até além do meio de campo, empurrando o próprio time para a defesa. Isolou Marquinhos correndo como se o jogo fosse uma brincadeira de "bobinho", deixou Marquinhos Gabriel igual a um otário de um lado para outro e William sem saber o que fazer.

As susbstituições inacreditáveis.
Enfim, o esquema que o Silas escolheu para a noite de ontem foi covarde, abdicando completamente do ataque, dependendo completamente de um espasmo de genialidade de um dos 4 homens que poderiam chegar à frente. Mas a noite de horror ainda não estava completa.

O Avaí após a segunda substituição.
A primeira - e pior.
Quando tudo já estava muito ruim, Silas se viu "obrigado" a tirar Acleisson. Colocou Rafael Coelho. Aí, nesse momento, chegamos a um bizarrice sem  precendentes. O Avaí passou a jogar com somente 2 homens na faixa central do campo. Marcinho Guerreiro e Marquinhos. O xará, que deveria fazer o intermédio entre William e Marquinhos, sumiu - e não poderia ser diferente. Ninguém nunca mais verá tamanha burrice na história do futebol. Na metade do primeiro tempo, já estávamos com somente 2 homens para ocupar o meio de campo. Contra o Vasco, o Vasco de Diego Souza, Éder Luís e Felipe.


A segunda - e menos ruim.
Silas finalmente sacou Marquinhos Gabriel, relegado ao ostracismo e às corridas redundantes durante o primeiro tempo, para colocar Estrada e dar maior consistência ao meio-campo. Melhoramos, mas perdemos um jogador importante para abrir o jogo pelas laterais.

A terceira, a mais irritante e o recado.
Quando tudo estava perdido, acredito que Silas tenha dado seu recado: "olha aí o que eu tenho pra reverter esse resultado". Finalmente sacou Romano, mas colocou Robinho. Ali acabou o jogo para o Avaí, com um Robinho acéfalo, que não abria opção alguma pelas laterais, limitando-se a tocar a bola de lado.

Silas conseguiu, no final da tragédia, dar um recado: precisamos de elenco. Mas ele tinha opções melhores. Isso fica pra próxima.

Se o jogo terminasse hoje, às 8 da manhã...

...o placar ainda seria 2x0 para o Vasco. Vergonhoso. Logo mais, após a dor de cabeça e um bom sono, falamos melhor sobre o desastre tático do Silas e a atuação suspeita do Vuaden. Mas só amanhã e até sábado. O que não nos falta é tempo.

Acabou o assunto Marquinhos.

As negociações envolvendo o Marquinhos me preocupam. Não tanto em podermos perder o galego pela quarta vez ou quinta vez. Mas sim porque estamos diante do mais importante título que o Avaí já chegou perto de alcançar: a Copa do Brasil. Não é o momento de se ventilar qualquer hipótese ou fato concreto que possam balançar a equipe.

O que significa a negociação envolvendo Grêmio e Santos?
Em primeiro, o quanto foi arriscado o negócio da compra dos direitos do alemão de Biguaçu. Também significa que ele continua com a língua mais solta do que prudente - todo mundo lembra daquela frase: "Só saio do Avaí se o Zunino não me quiser mais". No mais, significa que mesmo não jogando metade do que sabe durante o início do ano, os espasmos de genialidade o diferenciam da maior parte de camisas 10 no futebol brasileiro atualmente.

E em termos financeiros?
Informações extra-oficiais dão conta de 25% do passe do galego pertence à LA Sports. Mais 50% percentem ao Santos e o outro tanto é dividido (não se sabe em qual proporção) entre o próprio Marquinhos e o Avaí.

Não temos outras informações quanto ao contrato atual senão o tempo: 1 ano. Não sei também se é normal estabelecer-se multas de rescisão em contratos de empréstimos. Mas a venda dos direitos dele para o Grêmio pode significar também mais dinheiro no caixa do alemão além das luvas e os salários. Para o Avaí, pode ser um valor pequeno. Para uma única pessoa, é um valor muito considerável.

E para o time?
Já tivemos provas em 2011 de que Marquinhos não é indispensável, mas é extremamente importante. Em outros anos também fora assim. Quase todo o esquema atual do Avaí gira em torno da figura do cara que distribui o jogo, o autêntico camisa 10. 

Quando sem ele, o time se portou bem, conseguiu resultados comparáveis aos de quando ele estava em campo. Mas a forma de jogar muda. A primeira impressão é de que não aguentaremos o ritmo necessário para jogar correndo o resto de 2011 inteiro. 

No bom futebol, o clássico, o futebol do Anjo Loiro, a bola é quem corre. Em 2010, e aí essa é uma opinião extremamente pessoal, faltou exatamente isso: alguém para fazer a bola correr e dar uma trégua ao time. 

Então, por quê não repercutir?
Esse post foi exatamente contra si mesmo. Mas acho que ao final dele chegamos ao consenso de que o galego é importante para o clube e para o time. Nas fases finais da Copa do Brasil, o melhor então é tentar dar um basta nessa ansiedade que teimamos em extravasar. Seja pelo medo de perdermos o Marquinhos ou o Renan. Se eles são importantes para o Avaí, por que nós, torcedores, daríamos nossa dose de contribuição à criação de um clima de incertezas dentro do elenco e do clube?

Pergunta lá em Curitiba se alguém ouviu especulações sobre saídas de algum daqueles bons jogadores do time de 23 vitorias consecutivas...

Acabou o assunto Marquinhos. Até a taça, pelo menos.

De volta. Aos poucos...

O VidAvaí voltou à ativa. A demora foi longa, demorada, e sem aviso. Pelos mais variados motivos, desde desilusão com o clube (não com o time) a falta de tempo, parei o blog sem o devido respeito ao leitor.

Estamos de volta. Vamos ver como será essa nova fase... O VidA é assim, você nunca sabe quando acabou. Quando menos se espera, está de volta e na sua melhor forma.

Igual ao Bruno, da última postagem.
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