Postado por: Rafael VE maio 20, 2011

As negociações envolvendo o Marquinhos me preocupam. Não tanto em podermos perder o galego pela quarta vez ou quinta vez. Mas sim porque estamos diante do mais importante título que o Avaí já chegou perto de alcançar: a Copa do Brasil. Não é o momento de se ventilar qualquer hipótese ou fato concreto que possam balançar a equipe.

O que significa a negociação envolvendo Grêmio e Santos?
Em primeiro, o quanto foi arriscado o negócio da compra dos direitos do alemão de Biguaçu. Também significa que ele continua com a língua mais solta do que prudente - todo mundo lembra daquela frase: "Só saio do Avaí se o Zunino não me quiser mais". No mais, significa que mesmo não jogando metade do que sabe durante o início do ano, os espasmos de genialidade o diferenciam da maior parte de camisas 10 no futebol brasileiro atualmente.

E em termos financeiros?
Informações extra-oficiais dão conta de 25% do passe do galego pertence à LA Sports. Mais 50% percentem ao Santos e o outro tanto é dividido (não se sabe em qual proporção) entre o próprio Marquinhos e o Avaí.

Não temos outras informações quanto ao contrato atual senão o tempo: 1 ano. Não sei também se é normal estabelecer-se multas de rescisão em contratos de empréstimos. Mas a venda dos direitos dele para o Grêmio pode significar também mais dinheiro no caixa do alemão além das luvas e os salários. Para o Avaí, pode ser um valor pequeno. Para uma única pessoa, é um valor muito considerável.

E para o time?
Já tivemos provas em 2011 de que Marquinhos não é indispensável, mas é extremamente importante. Em outros anos também fora assim. Quase todo o esquema atual do Avaí gira em torno da figura do cara que distribui o jogo, o autêntico camisa 10. 

Quando sem ele, o time se portou bem, conseguiu resultados comparáveis aos de quando ele estava em campo. Mas a forma de jogar muda. A primeira impressão é de que não aguentaremos o ritmo necessário para jogar correndo o resto de 2011 inteiro. 

No bom futebol, o clássico, o futebol do Anjo Loiro, a bola é quem corre. Em 2010, e aí essa é uma opinião extremamente pessoal, faltou exatamente isso: alguém para fazer a bola correr e dar uma trégua ao time. 

Então, por quê não repercutir?
Esse post foi exatamente contra si mesmo. Mas acho que ao final dele chegamos ao consenso de que o galego é importante para o clube e para o time. Nas fases finais da Copa do Brasil, o melhor então é tentar dar um basta nessa ansiedade que teimamos em extravasar. Seja pelo medo de perdermos o Marquinhos ou o Renan. Se eles são importantes para o Avaí, por que nós, torcedores, daríamos nossa dose de contribuição à criação de um clima de incertezas dentro do elenco e do clube?

Pergunta lá em Curitiba se alguém ouviu especulações sobre saídas de algum daqueles bons jogadores do time de 23 vitorias consecutivas...

Acabou o assunto Marquinhos. Até a taça, pelo menos.

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