No princípio, era a glória. Antônio Lopes chegou e, com a sequência de bons resultados, alçou a Diretoria avaiana a patamares de aprovação dificilmente visto neste ano complicado na relação com o torcedor. Libertadores, esse era o nosso sonho àquela altura.
Meio do campeonato, eis a visão da glória: fugir do rebaixamento. Que Nossa Senhora da Ressacada queira que ao final disso tudo não nos reste somente defender a dignidade desta camisa marcada por 87 anos de lágrimas e suor.
A caminhada rumo ao precipício já começava e ainda assim tivemos que conviver com a empáfia de quem julgou haver numa reunião de 300 puxa-sacos a nata de "verdadeiros avaianos". Puxa-sacos, sim, neste termo forte, pois não é possível que alguém seja capaz de aplaudir declarações de tal teor, de receber tal alcunha e sorrir com a Ressacada lembrando velórios.
Os mesmos puxa-sacos são os que vão ao blog da Diretoria reclamar de quem fica indignado com essa postura arrogante, evidenciada no jantar aniversário, quando tudo caminha bem e com o sumiço de todos os responsáveis quando tudo de que a torcida precisa é de uma declaração para apaziguar os ânimos.
O mínimo que esperamos é que o Presidente Zunino, que é uma boa pessoa e um cidadão honrado, venha a público esclarecer: afinal, existem somente 300 verdadeiros avaianos mesmo? Essa é mesmo a opinião dele ou foi somente uma maneira de exaltar os presentes na reunião de aniversário do clube? Esse silêncio pode ser uma resposta.
Aliás, dizem por aí que numa derrota o Presidente estava lá, no camarote, sozinho, desolado como todo avaiano de coração. Onde é que estavam os puxa-sacos, heim?