Há pouco menos de uma semana, o ambiente no vestiário do Avaí não era o dos melhores. O clima, ainda tenso devido à goleada sofrida diante do Guarani, foi interrompido pelas palavras de Antônio Lopes que, irrevogável, deu uma bronca nos jogadores. Entre os diversos assuntos tratados no sermão, contam, estavam a maneira descompromissada com que a equipe jogou durante a partida e a necessidade de uma mudança de atitude, sob pena de inutilizar todo o esforço que resultou na ótima reação do Leão no período pós-Copa.
E foi exatamente o que aconteceu. Já pela Sul-Americana, o Avaí entrou em campo sendo exatamente a antítese do time da semana passada, enfrentou o melhor time do Brasil de igual para igual e saiu do Pacaembu com uma vitória para lá de expressiva: 3 a 1. Confirmou, sobretudo, que é um time muitíssimo bem treinado por Antônio Lopes e que possui jogadores rápidos, de qualidade e, geralmente, decisivos.
O Santos, como alguns se aventuraram a afirmar, não entrou desprezando a ‘Copa’. Impossível desprezar o único título que lhe falta entre todos os campeonatos existentes. Não foi essa, a postura demonstrada por quem esteve em campo. E qualquer coisa que fuja disso é desculpa de mau perdedor. Não houve, durante todo o jogo, um único momento que pudesse servir de ‘prova’ contra os jogadores santistas. Pelo contrário. Houve até momentos muito brilhantes, geralmente protagonizados por Paulo Henrique Ganso.