Postado por: Rafael VE
outubro 13, 2011
Não acredito em quem disser que a torcida do Avaí é normal. Não é. Normal é a torcida do Flamengo. A nossa é especial. Também não quero ser um torcedor de torcida. Só não admitirei que se equipare essa massa que veste azul e branco à média. Não se admita que nos rebaixem à tal condição.
Eu não admitirei e você, com certeza, haverá de enxergar que isso não é comum. A média brasileira, convenhamos, é reclamar do time se ele perde, vaiá-lo se ele joga mal e esvaziar o estádio se o final da competição é claramente decepcionante. Já vimos times serem vaiados estando na liderança há várias rodadas. Há exceções, mas a média é esta.
É inimaginável que a média das torcidas brasileiras seja fazer o que nós estamos fazendo nesta reta final do Brasileirão. Com um time sofrível, uma Diretoria de cegos e surdos, um histórico de dois anos em que fomos alçados ao papel de meros financiadores e locatários de cadeiras. Podem até fazer uma parte disso, mas não tudo ao mesmo tempo e com tal intensidade.
Lembro que um treino do Corinhians com 300 pessoas foi manchete nacional. Que a torcida do Grêmio foi capaz de colocar 5 mil pessoas em treinos, mas somente antes de GreNais. Que algumas torcidas até lotam aeroportos, como a do Bahia, mas para tietar jogadores famosos de seus times ou exaltar a boa fase e as vitórias. Outras até recebem seus times antes dos jogos, em jogos de final de Libertadores. Na nossa situação, equiparamos exceções das melhores do país. Sim, nós estamos muito acima da média.
Nutro puro respeito por esses avaianos que por tempos insistiram em bater e protestar, abandonando o estádio, cancelando carteirinhas de associação com mais de década. São sinais que qualquer ser inteligente teria notado. São os mesmos avaianos que hoje estamos vendo novamente nas cadeiras da Ressacada cantando como nenhum outro, berrando incentivo e amor. São os seres inteligentes da história, tentando evitar o pior. O que infelizmente falta nos escritórios mais importantes da Ressacada.