Postado por: Rafael VE outubro 13, 2011

Dizem, e eu concordo, que se tivéssemos mais um Lincoln no time e um outro atacante igual ao WiLeão, estaríamos brigando por vagas entre os primeiros colocados no Ricardão-2011.

A qualidade duvidosa deste campeonato permite que um ex-jogador como Adriano, relegado à categoria de imperador aposentado, seja a atual arma secreta do time que lidera por boa parte este campeonato.

Que um jogador manhoso e pipoqueiro como Neymar seja tratado a pão-de-ló e esteja sendo preparado para decidir o Mundial de Clube pelo Santos.

E até o limitadíssimo time doladelá, que só ganha fora de casa porque joga retrancado e abusa dos contra-ataques, seja a atual sensação de dez entre dez torcedores dentro da mídia local.

Não é um campeonato para ser perdido. Dada as circunstâncias, ser rebaixado sem algum esforço é o ponto mais alto da incompetência, tanto técnica quanto administrativamente. Um pouquinho a mais de zelo e se ganha o tal campeonato como uma centopéia com todos os 100 pesinhos nas costas.

Por isso, não precisaria de muitos craques no time do Avaí, não. Bastava levar com a pontinha dos dedos. Mas parece que a torcida calça 45 e o time, 39. Os dedinhos estão ficadno de fora.

Queria era um ou dois torcedores, destes que estão dando este banho de como se torce, de como se leva um time, de como se apóia mesmo nas dificuldades, dentro da diretoria. É verdade. Relutei até há algum tempo em admitir isso, mas vejo que uma situação assim seria o ideal. É inegável a força que esta torcida tem e só um cego não vê (queria muito usar esta frase, hehe)

Talvez não o torcedor fisicamente. O Zezinho ou o Manuelzinho ali, lado a lado com planilhas e fluxogramas a contratar e demitir jogadores não ia dar muito certo. Mas tem que haver o espírito. Essa condição que só a torcida avaiana possui e que custa a alguém de dentro dos camarotes centrais da Ressacada perceber. Aliás, até gente dentro da própria torcida não sabe exatamente o que é isso. Essa mobilização, esse desprendimento, essa maneira de amar INCONDICIONALMENTE o Leão da Ilha é único.


Alguns querem público zero, outros querem quebra-quebra e já se aventou até uma tal de leléia geral. Não precisa. A nossa força é a nossa paixão pelo Avaí.


Há muito que alguém precisa aprender como se ama um clube e se dedica a uma paixão. Quem vê esta torcida se declarar publicamente para o seu clube, não entende como ele é tão desmazelado administrativamente. Mas, nunca é tarde para aprender.

E que a partir desta temporada se escreva, bem grande, num out door na entrada do estádio os dizeres: AQUI HÁ TORCEDORES QUE MANDAM NESTE CLUBE.

As fotos eu tomei emprestadas dos blogs dos meus amigos.

*Alexandre Carlos Aguiar é o blogueiro titular do Força Azurra.

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