Postado por: Rafael VE
maio 17, 2012
Juntando os cacos de informações que se encontram nas mais diferentes fontes jornalísticas, já é possível fazer um rascunho da parceria que o Avaí está para firmar com um grupo estrangeiro.
A princípio é um bom negócio. O tal grupo, ainda não revelado, deve entrar com investimentos 35 milhões de euros por 3 anos, ou seja, cerca de 12 milhões de euros por ano - cerca de 30 milhões de reais. Mas, claro, todo investimento precisa ser retornado. Aí, entram alguns pontos.
- O Clube precisa manter uma gestão exemplar - o que começa pela ISO recentemente conquistada;
- Um profissional - ou aspirante a - português deve ser indicado para a comissão técnica. É um homem bem relacionado com os investidores e possui a ambição de ser técnico de futebol.
- As portas dos grupos DIS e SONDA automaticamente estarão abertas. São os mesmos grupos que detêm o passe de Neymar, Ganso e outros craques do futebol brasileiro. Pertecem ao mesmo dono, mas possuem CNPJ diferentes. O mecanismo que abriu as portas dos grupos para negociações preferenciais com o Avaí ainda não imagino qual seja, mas Marcelinho Paulista está aí para assegurar estas relações.
- O retorno comercial que o grupo estrangeiro, que aparentemente não tem ligação com DIS e SONDA, até onde é possível entender, pretende ter está relacionado a divulgação de suas marcas. O investimento inicial é alto e o retorno de exposição seria provavelmente baixo. Seria. O Avaí é um forte aspirante à elite nacional e estará bem relacionado com gigantes do futebol, assim como está bem relacionado com o principal meio de comunicação de Santa Catarina - a RBS.
Já há muito tempo João Nilson Zunino fala sobre uma parceira com um grupo estrangeiro no Avaí. E ele não falava do avião russo. Isso foi de uns 2 anos para cá. Os pontos começam a se ligar quando se colocam todos aqueles acima juntos.
O grupo estrangeiro precisa de exposição para suas marcas para compensar o investimento no Avaí. Para isso, acima de tudo um clube bem gerenciado é fundamental. Para um time forte em campo, que chame atenção da mídia, entra a parceria com DIS e SONDA. Aí entra também Marcelinho Paulista e talvez o português, que ainda não encaixei no contexto. Para a divulgação das marcas internamente, no início de tudo, entra a RBS.
Se a parceria, assim desenhada, mantiver o Avaí independente, precisando seguir somente diretrizes de grandes empresas, vejo como o maior negócio da história do Clube. Um passo gigantesco para o crescimento do Avaí no cenário nacional. Se for como idealizada, claro. Com compromissos assinados e tudo formalmente acertado. A esperança, afinal, é a última que morre.