Embora se suspeitasse que a diretoria tomaria esta atitude em breve, somente esta semana houve uma declaração do presidente Zunino a respeito de tal, confirmando que o Avaí usará a numeração fixa.
Sempre defendi a medida em tela, por crer que a numeração exclusiva seria capaz de dar maior identidade ao jogador no clube, de fornecer melhor organização ao time e, principalmente, de alavancar a venda de camisas.
Quantos haveriam comprado, caso vigente o sistema de numeração fixa no ano passado, a camisa número 10 de Marquinhos? Vou além: Hipoteticamente, quantos comprariam, em 2008, uma camisa número 22 de Jeff Silva, nem que fosse pra fazer graça?
Alguns clubes brasileiros recentemente adotaram a mencionada estratégia, caso, dentre outros, do Vasco, São Paulo e Corinthians. Outros muitos estudam recepcionar esta medida.
Na Europa, onde se utiliza essa numeração desde os anos 80/90, alguns jogadores lendários serão lembrados pra sempre por seu número - raros alcançam, inclusive, a imortalização deste -, outros duram apenas uma temporada. Todavia, todos que ingressam no clube têm seu número fixado. No caso extremo de Thierry Henry, a venda de camisas deste, de número 14, pagou a sua contratação pelo Barcelona em poucas semanas. O torcedor que gosta do jogador quer um produto do jogador.
Ressalte-se que a numeração fixa não significa que números esdrúxulos serão corriqueiramente utilizados. O clube pode, inclusive, ditar parâmetros para a escolha dos números pelos atletas, evitando que estes optem por números altíssimos, fora dos padrões futebolísticos.
Em épocas passadas, onde o amadorismo na gestão do clube fazia com que por este passassem centenas de jogadores em um curto espaço de tempo, seria inviável a adoção deste sistema de numeração. No entanto, hoje em dia, com uma política mais sólida de contratação e a maior manutenção de elenco, acho que a medida é muito bem vinda.
E aí, vai querer comprar a camisa n. 4, de Émershow; a n. 9, de Vandinho; ou a n. 18, de Roberto? Só uma ressalva: a número 12, sabe-se, ninguém poderá usar, pois pertencente, de forma vitalícia, à massa avaiana!