Postado por: Rafael VE
abril 05, 2011
Escreveu Sérgio da Costa Ramos: "O instigante é que todo avaiano se orgulha da sua força de, com garra e suor, alcançar quase sempre o improvável, o inalcançável, o impossível. O Avaí não é apenas tradição. É um tratado de boa esquizofrenia esportiva. Não seria ilógico, nem inédito, o campeonato chegar com uma derrota (2 a 0). O Avaí já deu a volta olímpica comemorando um 1 a 2…"
Perdemos o Clássico. Paramos nas manchetes policiais, todos no mesmo balaio, como se um crime cometido por um avaiano fosse um crime cometido por toda a nação avaiana. Nosso time chega ao final do returno sem engrenar. Não poderíamos estar em pior situação. Bom sinal.
Temos todos os motivos para darmos as mãos, ir ao nosso estádio apoiar nosso time, dar uma porção de confiança àqueles que agora sentem em campo o peso de uma camisa azul er um clube deste tamanho com feridas tão expostas.
Não temos mais espaço para lamentações, agora vale tudo para ser campeão. Seja apoiar aquele jogador que não suportamos mais ver em campo, associar-se a preço de ouro e ter que aguentar todos os atabalhoamentos do clube, aguentar horas de fila nos jogos. Há poucas coisas mais que possamos errar. Seja como torcida, como instituição ou como time. Chegamos a um momento em que o campeonato depende somente de nossas escolhas. Agir como campeões ou como desesperados.
Podemos fechar as caras, escolher nossos próprios narizes como razão para torcer, ou podemos nos unir e procurar a vitória juntos. Cobramos muito do time, queremos raça os 90 minutos. Cobramos bastante do Clube, queremos respeito, qualidade de atendimento. Precisamos, como torcida, dar o nosso quinhão de tudo que pedimos. Dar nas arquibancadas toda a raça que cobramos e ao clube todas as razões para que nos respeite. Que o título venha com tantos tropeços, mas venha. É só o que importa agora.
Que o resto de Santa Catarina aguente o tranco de enfrentar o Avaí e sua torcida acuados. Se tudo der errado, não será por falta de luta.