Postado por: Rafael VE abril 23, 2012

O Índio de Itamar Schülle soube identificar os pontos fortes e fracos do Avaí no ataque, como as descidas de Felipe Alves pelos cantos e o papel de pivô de Nunes. Como a saída de bola na faixa intermediária do campo é qualificada com Cleber Santana com tempo para pensar mesmo quando sem inspiração. Como é simplesmente estratégico deixar Robinho mais livre, estragando 85,6% das jogadas iniciadas nos pés dele - dado fictício mas próximo da veracidade, imagino. 

Com três zagueiros daquele tamanho, como os da Chape, parar um ataque em que somente Nunes é a referência de área foi moleza. Forçar jogadas pelas laterais para segurar Felipe Alves mais recuado foi uma tacada de mestre. Ameaçar nos contra-ataques para manter os laterais avaianos sempre com um pé atrás na hora de subir. Depois, foi só colocar um carrapato no lombo Cleber Santana e o resto deixar por conta da falta de criatividade de Bruno/Diogo Orlando/Robinho. Enquanto isso, Hemerson insistiu em deixar Athos jogar sozinho.

O Avaí entrou, como sempre entra sob o comando de Hemerson Maria, para jogar bola. A Chapecoense entrou como time pequeno, praticando o anti-jogo desde o início. O problema é que eles jogaram como bem quiseram. E assim querem também os Deuses da bola que seja: não há punição ao adversário que aposta na marcação forte, no contra-ataque e na cera após o primeiro gol. Entenda-se, então, que faz parte do futebol. 

É preciso aprender a jogar contra a Chape. Principalmente atacá-la. É fundamental saber fazer o resultado num dia sem inspiração quando se joga como o Avaí de Hemerson Maria. Entrar inspirado e marcar o primeiro gol é a chave para desmontar o "verdão" do oeste.


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