Postado por: Felipe Matos janeiro 21, 2010

Você sabia que Avaí, Criciuma, Figueirense e Joinville valem três vezes menos que os piores times do Rio Grande do Sul? O amigo leitor Marcelo Bastos contribuiu com o debate sobre as cotas de TV do Catarinense trazendo dados ainda mais absurdos. Ontem vimos que a RBS paga, por todo o campeonato Catarinense, míseros R$1,6 milhão. Hoje de manhã vimos que no Paraná a cota da TV é de R$5 milhões e ainda tivemos o exemplo do Atlético/PR que obrigou um aumento substancial do valor. Agora vamos a um pequeno resumo:


- SANTA CATARINA:
RBS paga R$1,6 milhão. Os quatro grandes ficam com 13% do valor (menos de R$200 mil), Chapecoense, Ibirama, Brusque e Metropolitano com 9% e Imbituba e Juventus com 6%.


- PARANÁ:
RPC paga R$5 milhões. Deste valor, R$ 700.000,00 vão para Atlético, Coritiba e Paraná (individualmente). O restante é divido em partes iguais para os demais clubes, o que dará pouco mais de R$ 241.000,00 aos outros participantes. A proposta inicial de R$ 2.000.000,00 foi recusada pelo Atlético Paranaense, que impediu a transmissão de seus jogos.

O acordo ultrapassaria os R$ 7 milhões por ano. A Globo teria comprado os direitos de transmissão do Campeonato Baiano de Futebol a partir de 2011 estendendo-se até 2015. A TV Bahia (afiliada Globo) estaria liberada para transmitir os jogos normalmente, assim como os canais fechados da Globosat (Sportv e PFC).

- SÃO PAULO:
Investimento de R$ 55.150.000,00. Para a disputa do Paulistão, os quatro grandes clubes de São Paulo (Palmeiras, Corinthians, Santos e São Paulo) vão receber R$ 7,5 milhões cada. Enquanto isso, os outros 16 participantes vão ficar com uma cota de R$ 1,4 milhão cada. Na premiação, serão R$ 2 milhões para quem ficar com o título estadual e outros R$ 500 mil para o vice - já o campeão do Interior levará R$ 250 mil.

Flamengo e Vasco: R$ 8 milhões. Fluminense e Botafogo: R$ 5,5 milhões.

Investimento de R$ 13.200.000,00. Grêmio e Inter ficam com R$ 4 milhões de reais de quota cada um. Cada um dos pequenos ou do interior receberá em média R$ 650 mil pela participação.


É claro que exemplos como de São Paulo e Rio de Janeiro são apenas ilustrativos, já que o mercado de futebol destes dois Estados são os maiores do país. Recebemos 4 vezes menos do que os grandes do Paraná, mas Coritiba e Atlético possuem maior expressão nacional. Agora, cá entre nós, os quatro maiores times de Santa Catarina receberem da RBS TRES VEZES MENOS que Avenida, Porto Alegre, Esportivo, Inter-SM, Novo Hamburgo, Ypiranga, Veranópolis, São Luiz, Santa Cruz, Pelotas, Caxias, Ulbra, São José... Tem alguma coisa errada, aí, não?

E estou falando dos 4 maiores de Santa Catarina, incluindo times de Série A e B.... A questão não é crucificar a RBS, que esta em seu papel de comprar pelo menor preço que puder pagar. Quem tem que dar uma satisfação é a Federação Catarinense de Futebol (que negou abrir negociamos com a RIC Record, mesmo oferecendo valores maiores) e a Associação dos Clubes, que aceitaram um absurdo desses. Não custa lembrar que só o fajuto campeonato de showbol, reunindo meia dúzia de ex-craques barrigudos e beberrões custou mais caro para o governo do Estado do que todo o valor do Campeonato Catarinense.
E nós, torcedores, aguentando futebol às 22 horas da madrugada, somos obrigados a arcar com os custos do futebol e os aumentos da mensalidade, enquanto os times abaixam a cabeça para uma merreca dessas. E ainda recebemos a culpa pelo time ser deficitário no final do ano.

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