Postado por: Rafael VE
março 18, 2012
Mauro Ovelha era o treinador que o torcedor queria. Apesar dos clamores por outros nomes mais famosos ou conhecidos na Capital, ninguém é capaz de negar os fatos: foi o técnico mais vezes finalista do Catarinense nos últimos anos.
O perfil disciplinador, a característica dos seus times, que costumam comer grama, tudo levava a crer que o Avaí de Mauro Ovelha faria um pouco do ranço da torcida passar. Não aconteceu ainda. Só piorou.
Ontem foi o jogo em que saí mais decepcionado da Ressacada. Ganhamos, feio, mas fizemos o resultado. Não fomos mais do que deveríamos ser. Fosse outrora, outros tempos, ainda teríamos saído nos falando: "pelo menos ganhou".
Não sei o que houve. Se é a onipresença do maior rival sempre nas pontas, com um futebol que pode se chamar de futebol, se são os repetidos erros da Diretoria. Se é a conjectura de 3 anos sob a mesma nuvem negra.
Não importa o que é. Ovelha precisa vir a público pedir à torcida que durante os 90 minutos apoie o time, perdendo ou não, jogando bem o mal, que apoie os 90 minutos. As coisas às vezes precisam de um empurrão. Assim como conseguiu Alfredo Sampaio em 2007, num momento não tão diferente, que acabou aposentando a camisa 12.
Até mesmo o goleiro Diego, que chegou ontem, já sentiu que muita coisa mudou: "Eu já senti a pressão da torcida do Avaí. Mas era contra mim. Hoje, essa pressão continua contra mim - mas eu estou no Avaí. Acho que tem muito a ver com tudo que tem acontecido recentemente aqui."
Mauro Ovelha precisa tentar acender o caldeirão. Mas com uma fogueira diferente daquela que acendeu ontem.