Postado por: Rafael VE
março 12, 2012
Pode-se dizer que a zaga do Avaí levou 3 gols do fraco Atlético-IB, mas ainda assim pode-se dizer, pelo conjunto da obra que é uma zaga mais ou menos ajeitadinha: aquela de que não se precisa de muito esforço para arrumar. A sacanagem começa é na frente da zaga.
Utilizando Bruno, Diogo Orlando e Marcinho Guerreiro na frente da defesa, Mauro Ovelha criou um time que segura a bola sem nada fazer com ela. Em Ibirama, até em função das lesões de Marcinho e Diogo, vimos um Avaí mais leve com a entrada do rapaz Mika.
Claramente, não serve para dar o apoio necessário à zaga na falta de um lateral direito, como aconteceu na cidade do Vale. É o segundo-volante que pode tabelar com Cleber Santana e ainda chegar na cara do gol com facilidade. Tem facilidade para achar os espaços do meio pra frente e isso é o que não se via com o trio parada dura que Ovelha insistiu em escalar. Um jogador como Mika é fundamental, aquele que recebe a bola do volante e olha pra frente.
Mas tudo isso depende dos laterais cobrirem bem as subidas dos volantes - Cleber não é um autêntico camisa 10, mas sim um terceiro volante. Quem sabe com Diego Palhinha de autêntico meia-atacante, trazendo mais volume e opção de jogo a quem joga atrás, o problema começa a tornar-se menor e teremos um belo trio de jogadores inteligentes e habilidosos em campo. Bruno, zagueiros e laterais que cubram o espaço quando o Avaí for ao ataque. Assim era o Avaí de 2009 - e curiosamente temos peças à disposição hoje para reeditarmos aquele esquema.
A camisa 9? Joga pra cima, quem pegar primeiro faz a função de cone que Capixaba e Neílson têm feito. Entre jogar com 9 ou 10 desde o início, não é necessário dizer o que é preferível.