No meio futebolístico, a
confiança é fundamental. Ainda no decorrer deste campeonato, quando o Avaí venceu o Sport, no Recife, o
vidAvaí apresentou um
post tratando da confiança, que, em seu corpo, trazia:
"Fundamental em todas as atividades humanas, o fator confiança, sabe-se, é capaz de transformar bons jogadores em pernetas, perebas em craques, times medíocres em máquinas e bons conjuntos em um grupo derrotado".
Ressuscito tais colocações passadas pra ilustrar uma opinião que tenho hoje e que será, certamente, muito questionada pelos amigos avaianos. Trata-se do reerguimento de William realizado pela imprensa - e nesta incluo os blogs avaianos -, um trabalho fundamental para levantar o moral do nosso centroavante que não encontrava fundamento nos fatos, mas que acabou dando certo.
William é um bom atacante. Sua raça e carisma são inquestionáveis, e fizeram com que o Batoré caísse nas graças dos adeptos avaianos. Sua qualidade, demonstrada pelo atleta nos clubes pelos quais passou e na Série B do ano passado, é tão inegável quanto. Que isso fique claro.
Mas, convenha-se, William não vinha fazendo um bom campeonato. Longe disso, aliás: O atacante alviceleste havia marcado apenas quatro gols no certame, mesmo estando presente em dezessete jogos pela equipe. Suas atuações, salvo a contra o Atlético Paranaense (14ª rodada), quando marcou seus primeiros gols no campeonato, não empolgavam. Na maioria dos jogos, brigava com os zagueiros sem êxito e sem objetividade, protagonizando desgastantes batalhas inúteis. Sua forma no torneio vinha sendo tão medíocre que muita gente queria ver o limitado Roberto atuando como o titular da "nove".
Em dado momento, William se machucou, o Avaí não logrou êxito em três jogos dificílimos que enfrentou, e, num passe de mágica, William, aquele mesmo que passava longe de unanimidade, tornou-se, aos olhos da mídia (e da torcida, por consequência), a ausência que deu causa ao insucesso, o retorno que traria, novamente, o acerto ao ataque avaiano. Construiu-se, do nada, um pequeno mito - ou, se não mito, exagero - de que Batoré possuía uma importância tática ímpar, uma característica única que viabilizava a fluência da equipe, uma peça insubstituível. Foi apontado como a causa da inoperância ofensiva do Avaí naqueles jogos, malgrado os seus pífios números na competição, mesmo com Leonardo tendo feito bom papel à frente no pouco tempo em que jogou.
E não é que deu certo?
William voltou cheio de gás e, embora anteriormente não tenha feito nada para justificar aquela campanha toda, "fez chover" em seu retorno. Tal qual a torcida, readquiriu confiança em seu futebol e voltou à forma de bom centroavante de outrora. Espero que assim perdure! Bom pra ele e, consequentemente, pro Avaí.
E você, concorda? Não, né? Ou vai dizer que sim?