Outra coisa, outrossim, me chamou a atenção na batalha deste Domingo: a
confiança do time do Avaí.
Fundamental em todas as atividades humanas, o fator
confiança, sabe-se, é capaz de transformar bons jogadores em pernetas, perebas em craques, times medíocres em máquinas e bons conjuntos em um grupo derrotado, e andava atuando contra o Avaí. Nossos jogadores estavam com o moral abatido, apequenavam-se fronte aos adversários a cada jogo, estavam incapazes de reagir às situações desfavoráveis, e, após a vitória contra o Goiás, senti uma mudança no psicológico do time.
O Avaí entrou em campo disposto a vencer, nem que, para isso, corresse o risco de amargar a derrota. Depois da vitória contra o Goiás, se deu conta que é capaz de vencer qualquer adversário, caso jogue com determinação. Confiou em si, e foi recomp
ensado por isso.
O símbolo da confiança foi Roberto, sujeito que vinha sendo pedido na equipe principal e que, ao entrar, transformou o jogo, marcando um tento, assistindo para outro e cavando uma expulsão. Confiante, esse jogador de técnica tão questionada acertou tudo que tentou e mais um pouco.
A
confiança, ao que tudo indica, volta à equipe da Ressacada.
À torcida também. E se dela resultar, no próximo jogo, mais uma vitória avaiana, uma invasão a Curitiba será a exteriorização desse sentimento, tão necessário para nosso sucesso na Série A.
Mas isso é assunto para outra hora...
Em tempo: Juro, amigos, que esse post foi redigido na madrugada de ontem, após nossa belíssima vitória. No dia de hoje, contudo, vi que não fui o único a ver o
renascimento da confiança do Leão.
O blog Mundo Avaiano traz um excelente texto sobre o mesmo assunto. Surpreendente! Não pela qualidade do texto, virtude comumente encontrada nos escritos daquele portal, mas pela sincronia de pensamentos nossos!
Espero que o Marcelo não se importe de eu citar um pequeno trecho do mencionado texto, de forma a ilustrar este
post:
Mas que mágica foi essa, que em uma semana transformou um time desacreditado, que amargava a lanterna do campeonato e tinha perdido duas partidas seguidas em seus domínios em um adversário de respeito e visitante incômodo? Como pode um time que em dez rodadas tinha vencido apenas uma, com um mísero golzinho de vantagem marcado aos 47 minutos do segundo tempo, agora vencer duas seguidas e por dois gols de diferença?
A resposta é simples, simplória até, e se resume em uma palavra: confiança.