No jogo contra o Goiás, como aduzi em
post anterior,
Silas (foto) escalou Marcus Winícius entre o miolo de zaga e a dupla de volantes, formando uma espécie de losango no meio-campo. Imaginava eu, naquela oportunidade, que o técnico avaiano construía um esquema baseado em três volantes, meu favorito. Não me dei conta, entretanto, que a escalação de Marcus Winícius com a camisa 7 entre a zaga era por causa da pouca disponibilidade de zagueiros no elenco, preparando o time para um futuro esquema com
três defensores.
Essa implementação gradual do esquema com três zagueiros culminou, no jogo contra o Sport, na escalação de
Augusto, Rafael e Emerson na linha defensiva e de
Luiz Ricardo para a ala-direita, armando um verdadeiro
3-6-1, que, durante o jogo, se transformava em
3-5-2. A vitória convincente deste último jogo nos remete à inegável conclusão de que Silas manterá este esquema para o jogo contra o Grêmio.
O conhecido esquema com três zagueiros, derivação imperfeita do esquema do
Carrossel Holandês de 1974, tem como maior defeito o fato de que, na maior parte das vezes, acaba se tornando um esquema com cinco zagueiros, dada a constante preocupação dos técnicos em fazer com que os alas marquem os laterais adversários, e
mpurrando o time para o próprio campo, tornando a equipe refém da explosão física de seus alas e do contra-ataque. Daí a preocupação de Silas quanto à escalação dum ala absolutamente ofensivo,
Luiz Ricardo, não permitindo o encolhimento do time avaiano.
Sou obrigado a apostar na manutenção desse esquema vencedor, mas, confesso, não consigo vislumbrar quais peças serão utilizadas por Silas no próximo confronto, contra o Grêmio, para preencher as outras sete camisas. Tudo indica, devido às últimas atuações do time e à lastimável suspensão de Léo Gago, que o Avaí adotará um meio-ataque formado por
Ferdinando, Marcus Winícius, Luiz Ricardo, Eltinho e Ricardinho, Muriqui e Roberto, mas Marquinhos, embora provavelmente vetado pelo DM, ainda não é ausência confirmada e Caio, que vem voando, também pode pintar nos onze iniciais. William, titular nos últimos dois jogos, também não é carta fora, mas deve amargar o banco de reservas por conta do bom desempenho de sua sombra. Silas vem sendo ousado quanto às mudanças de formação, e não me surpreenderia com uma eventual mudança no time de amanhã.
Análises à parte, deixo a batata-quente com Silas, que melhor recebe pra isso. Como já frisei, a opinião do
maestro do acesso vale muito mais que a minha, e perante as suas escolhas me curvo. Resta-me, portanto, torcer - e muito - para mais uma vitória do Leão, confirmando nossa reação no certame nacional.
E você, como escalaria o Avaí? Adotaria qual esquema, começaria jogando com quais atletas?