Postado por: Rafael VE junho 21, 2009


O apoteótico consagramento de Leo Gago. Aos 48 minutos, quando só restava no templo avaiano do futebol o torcedor mais esperançoso, o guerreiro das arquibancas - aqui falamos num sentido muito bom, ressalte-se - que, no desespero, decidiu berrar e apoiar ainda mais, sem se importar com a rouquidão do dia posterior.

Desespero, sim, porque quando o Avaí joga no solo dos Carianos, só a vitória interessa - e a situação na tabela comprova a afirmação. A ordem é vitória, ontem ainda mais, fosse como desse de ser o gol: de barriga, de bunda, de goleiro, gol contra. Naqueles 10 minutos finais o Fluminense virou "só mais um" adversário a ser batido - e aí mostrou-se novamente o Avaí vitorioso da Era Silas, um Avaí indescritivel, incrível, ousado e aguerrido contra qualquer um.

Vencemos, com os mesmos erros com que empatamos e perdemos os outros jogos, mas vencemos.

Enumero, porém os números nada tem a ver com a importância de cada item - e se a camisa do heroi de ontem é a 8, os defeitos são em mesma quantidade:

1. Uendell continua parecendo jogar com calça jeans, não se solta em campo. - mas o cara sabe enxergar o jogo.

2. Lima joga pelo Avaí sem a mínima vontade, não divide com a zaga, não leva a sério o nosso clube - e não me venha dizer que é "estilo" dele. Isso é inadmissível. Tem torcedor que gosta de ser enganado.

3. Luís Ricardo pelo menos agora começou a mostrar garra ao trombar com os zagueiros.


4. Ferdinando continua sendo um guerreiro irreprensível pela raça, porém limitado na hora de abrir o jogo.

5. Marcus Winicius vem numa descendente inadmissível - não dá para mais aguentar ele em campo. Às vezes parece ser menos um no time.

6. Marquinhos está andando em campo - mas a preparação física ainda está no início, não esqueçamos de que estreou mais tarde, e o cara é craque: com ele, quem corre é a bola.

7. Anderson Luís é quase perfeito. Mas falta maturidade. Não foi expulso num carrinho inconsequente por trás porque o juíz não era bom.

8. O principal: o Avaí só quer saber de atacar. Sim, isso pode ser uma crítica - apesar de toda a conotação positiva de um jogo ofensivo.
Silas sabe que não conseguimos jogar nos defendendo - mas nós podemos, sim, jogar com a bola nos pés. Jogamos brilhantemente no primeiro tempo, porém ficou claro que não aguentamos o ritmo da segunda etapa. Era a hora de botar a bola no pé e fazê-la girar, gastar tempo: ter a posse da redonda, logo, do jogo. Questão de experiência.

Claro que nem tudo é crítica ao time que bateu o Fluminense. Muriqui foi mais uma vez o destaque - parece que tiraram ele do videogame e botaram na vida real. Martini é a muralha azurra. André Turatto, se não está em plena forma, ao menos chega com o pé na hora certa. E Leo Gago, ah, esse merece um post só para ele logo mais.


Fotos: ClicRBS

Sistema de comentários Disqus

- Copyright © vidAvaí - Skyblue - Powered by Blogger - Designed by Johanes Djogan -