Nos últimos anos o Avaí tem se especializado em
ressuscitar adversários. Em 2008, por exemplo, o Time das Barbies foi campeão porque o Avaí o classificou para as fases finais. Só neste campeonato cedeu o único ponto para o rebaixado Juventus, ressuscitou o Tigre em Criciúma, o Time das Letras, no Estreito e, agora, o Atlético, em Ibirama, equipe que vinha caindo pelas tabelas como bom cavalo paraguaio e agora tem a sua classificação garantida para a segunda fase, enquanto o Avaí, não.
Isso porque se o Avaí perder para o Metropolitano, no sábado (
toc toc toc!), e o CFZ Imbituba, recém oriundo da segunda divisão, vencer o seu compromisso contra o Brusque, em Imbituba (o que é bem provável), o
Avaí cai fora da segunda fase. Se o Avaí vencer, pega na segunda fase Ibirama (fora de casa) ou Metropolitano (na Ressaca
da). Se o Avaí chegar na final e for contra o Joinville, a decisão será na Arena. Se for contra o Ibirama, dependerá da classificação final do Atlético.
Não posso falar sobre o jogo de ontem porque não vi, mas a derrota demonstra, além da grande instabilidade da equipe, que invencibilidade sem vitórias não tem muito valor
e que fora de casa o time misto de Chamusca ainda não sabe se portar como time de Série A.
Aliás, o "time misto" já não é desculpa. Qual equipe de Santa Catarina tem o elenco que o Avaí possue atualmente à sua disposição? O turno vai chegando ao fim e o único resultado pretendido é o título. Pelo andar da carruagem é muito provável que o time decida este título fora de casa. E, aí? Vai continuar se comportando como time pequeno quando passa a ponte? Esse disco é velho e fora de moda.
(Foto: Flávio Neves.)