Postado por: Felipe Matos
fevereiro 02, 2010
Uma nota que merece ser feita foi a maturidade do técnico
Péricles Chamusca com a reação da torcida avaiana no jogo de ontem a noite. Vaias e gritos de "burro" fazem parte de qualquer caminhada, além de um direito de todo o torcedor, especialmente aquele que paga caro para assistir Jandson, Davi, Luís Ricardo e Cia. Com os incentivos via "raidinho" para ver o circo pegar fogo e o mal futebol apresentado em campo, os apupos são naturais e até necessários, dentro de certos limites.
Se Chamusca merece ou não os gritos de burro, o tempo dirá. No entanto, prefiro esperar para ver o time com os titulares e não este mistão do primeiro turno. Vandinho, Batista, Fredson, Patric e Caio são jogadores capazes de mudar o perfil apático do atual Avaí, que cedeu o unico ponto do Juventus de Jaraguá, ressuscitou o Criciúma e tem que tomar muito cuidado e jogar muito sério para não ressuscitar o Time das Letras na próxima quinta-feira.
Chamusca vem montando a equipe com as peças que tem disponível. Pode-se pedir a presença de Medina e Roberto no time, mas nos jogos em que começaram como titulares, pouco acrescentaram. Com o que têm em mãos vai se virando e demonstrou não escalar ninguém pelo nome, já que barrou Rudinei para promover o volante Roberto como titular. Falta ainda barrar Davi, talvez aconteça quando tiver alguém melhor para substituí-lo. Não à toa o melhor que o Avaí demonstrou até o momento foi a zaga, único setor com todos os titulares disponíveis.
Com relação a Sávio, uma boa estréia, embora sem brilho. Mostrou habilidade, velocidade, força de vontade, colocou o pé para dividir a bola, chamou a responsabilidade, gritou, deu instruções. Mas, jogou sozinho. O que poderia fazer com Davi e Jandson como parceiros? Só fiquei imaginando o estrago que poderia fazer Léo Gago, Muriqui, Marquinhos e Sávio. Como não adianta chorar sobre o leite derramado, é torcer para a estréia de Vandinho, Caio e mais alguém no meio de campo para que Sávio não fique isolado e sobrecarregado. E torcer para que este time - misto ou não - honre a camisa no clássico.