Postado por: Felipe Matos dezembro 30, 2009

Ele chegou como reforço para a Série A, mas não convenceu: Assis foi descartado pela comissão técnica avaiana, segundo informação do pessoal bem informado do Infoesporte. Descartada pela comissão técnica, menos por Chamusca, que ainda está de férias no nordeste e até o momento não teve voz ativa nas dispensas e nas contratações avaianas, segundo o próprio Moisés Cândido reconheceu esta semana.

Aliás, se Chamusca ficou calado nesse fim de ano, o mesmo deveria ter feito a diretoria avaiana. Zunino veio a público para dizer que anunciaria dois reforços de peso até o final do Ano. Depois foi a vez Moisés Cândido aparecer para dizer que não tem reforço nenhum em 2009 e que o Avaí vai se formar – surpresa! - ao longo do Catarinense 2010. Quem está certo? Será que Chamusca não conhece o atual elenco do Avaí, que estava disputando o mesmo campeonato que ele até algumas semanas atrás? E por que aquela pressa toda em contratar um treinador se ele só começará a trabalhar no dia 4 de janeiro?

Aliás, o Avaí precisa mesmo de técnico, se já tem Moisés Cândido e Luiz Alberto, que contratam jogadores sem o aval de Chamusca? Brincadeiras à parte, em 2009 Cândido já bateu de frente com Silas e estava certo, ao dizer que os jogadores que o Avaí precisava para dar a volta por cima estavam dentro da Ressacada e que reforços não eram necessários. Moisés demonstrou experiência e confiança no seu taco e acertou em cheio. Ponto pra ele.

O fato é que esse desencontro de informações só causa desgastes e desconfianças. A torcida já está de pé atrás por ter perdido tantos ídolos, não sabe se Chamusca está no nível de Silas, não sabe se pode confiar em Zé Carlos, desconhece as condições físicas de Dinélson, o substituto de Marquinhos e toda esta ansiedade da torcida é alimentada ainda mais pela diretoria, num período em que falar menos é mais. A angústia só não é maior porque Zunino, Moisés Cândido e L.A. Sports têm crédito adquirido na praça após os dois últimos belos anos.

Até o momento a situação é a seguinte: “deixem os homi trabalhar”! Essa equipe e diretoria levaram ao Avaí para o ponto mais alto da sua longa história. Um mês a mais, um mês a menos para conhecermos o novo time avaiano não nos fará mal algum, vamos ter paciência e dar votos de confiança, eles merecem. Mas, convenhamos, não é porque vocês têm crédito com a gente que vão ficar aí abusando do coração dos torcedores, né ô! Menos é mais, môs pombos! Que tal fechar o bico e não causar falsas expectativas?

Mas, voltando ao assunto Assis... Esse não foi o primeiro atleta com este nome a ser dispensado do Avaí. Abril de 1984, o lateral Assis ficou sem contrato e a diretoria do clube não demonstrou interesse em renová-lo. O então presidente José Caldeira Bastos já estava de olho em um novo lateral, vindo do interior paulista. Apesar de não estar nos planos para a continuação da temporada de 1984, Assis teve seu nome relacionado por Emilson Peçanha para uma partida contra o Marcílio Dias, mas ele não decidiu se jogaria ou não. O passe do atleta estava vinculado ao Avaí, mas seu contrato havia terminado. Naquela época jogadores sem contrato podiam disputar partidas, desde que seu passe estivesse registrado pelo time na Federação.

O que todo atleta sabia era que jogar sem contrato dava azar. O medo era de que acontecesse alguma contusão e os times acabavam por não se responsabilizar pelo tratamento do atleta, afinal, não havia mais contrato entre as partes. Coisas do futebol antigo e que a Justiça do Trabalho, com o tempo, deu um jeito.

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