Postado por: Eduardo Roberge Goedert dezembro 03, 2009

O ano é 2008. Vamos nos situar no tempo:

Já eram 10 anos sem títulos. O arqui-rival aniversariava 7 anos na elite. A contagem de clássicos, favorável desde o início dos tempos, havia virado. Ano após ano, competição atrás de competição, os fracassos se multiplicavam. O mais recente dos insucessos, consistente na não-classificação para a final do estadual, havia sido de dramaticidade hollywoodiana, e ocorrera em duas tomadas: na primeira, uma virada em três gols, contra um adversário insignificante, nos próprios domínios; na segunda, um jogo onde a bola teimou em não entrar, em que pese a ocorrência de incontáveis oportunidades para marcar.

Nesses idos, ressalte-se, a bola insistia em não entrar...

Que torcedor, na conjuntura acima exposta, poderia continuar apoiando tal clube? Muitos instituiriam o "público zero", abandonariam a causa, jogariam a toalha, mas não o avaiano.


Inexplicavelmente, a cada torneio que iniciava, a esperança da nação alviceleste renascia. Sabíamos que a tão dolorosa era de trevas findaria cedo ou tarde. E, mesmo com toda a situação desfavorável, algumas centenas de avaianos se deslocaram, em um dia de semana, para outro estado, com o objetivo de apoiar o Avaí em mais uma caminhada. Era o primeiro jogo de mais uma longa e dificílima Série B, e, por algum motivo estranho à razão, esse número expressivo de avaianos fez-se presente em território inimigo, celebrando a sua insistência, a incondicionalidade do seu amor e a sua esperança em dias melhores.

Dias melhores vieram. E tudo começou ali, em 2008, com o gol espírita de Jeff Silva...

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