Postado por: Rafael VE
março 31, 2011
Os preços praticados pelo Avaí são exorbitantes. O trânsito não é uma maravilha. O time não empolga. Podemos citar motivos durante um bom tempo para não estarmos exatamente contentes quando sentamos em nossas cadeiras na Ressacada. Mas qual deles explica ao exato o motivo porque deixamos de ser a torcida que apoia sempre?
Mudamos.
De fato, não somos mais os mesmos. Isso é fato. Não somos sequer mais em mesmo número dentro do estádio, então não podemos ser iguais a antes. Mas parece que perdemos o nosso ímpeto de apoio ao time. Já não cantamos mais por muito tempo, não aplaudimos as boas tentativas de jogadas. Alguns, inclusive, parecem entrar em outro mundo quando sentam nas cadeiras e colocam o rádio no ouvido. Não sei o que houve. Se a torcida é que subiu no salto alto de achar que devemos sempre jogar bem ou se o tipo de torcedor que consegue ser sócio é que é exigente demais. Ou talvez nada disso seja um motivo. Só que mudamos, sim.
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Foto: Douglas Martins. |
Para pior.
Sinto saudades daquela Ressacada a que fui apresentado quando era pequeno. Onde se encontrava todo tipo de gente. Em 2008, ano que carrego mais vivo na memória, nossa torcida foi excepcional. Em 3 anos, a Ressacada deixou de ser um caldeirão para virar uma espécie de teatro. De gente que vaia, aplaude... Mas não levanta, não canta, não se empolga.
Dentro do estádio está mais fácil ouvir um grito de cobrança do que um berro de apoio. Fica difícil. Tomara que seja tudo questão de momento. Que no Clássico, ao menos, possamos ser a verdadeira torcida do Avaí. Aquela que apaixona qualquer um admirador de futebol.