Postado por: Rafael VE março 15, 2011

O Avaí não jogou mal diante do Criciúma. Mas não passou longe disso. Assim, não podemos dizer que foi uma apresentação digna de Bayern de Munique x Inter de Milão - jogão de hoje a tarde-, nem mesmo digna do tamanho do clássico regional entre dois clubes que já conquistaram títulos nacionais.

Mas fomos um Avaí diferente. Com Marcinho Guerreiro em campo desde o princípio, Diogo Orlando mais adiantado, Marquinhos Santos fazendo de tudo em campo e as alas mais atuantes, começamos a esboçar um novo-velho Avaí, começamos a ter a consistência de que tanto falamos desde o primeiro jogo do Campeonato Catarinense. 

Fosse qualquer outro clube que não o Avaí, só os resultados importariam. Aqui, não, aqui nós temos que vencer e jogar bem. É o mínimo que um time de Série A deve fazer no Catarinense. Se nenhum dos dois vêm, então que se apele: vamos tentar reinventar 2009. Mesmo que isso não dure muito.

A ideia de fazer renascer um sistema 3-5-2 ou 3-6-1 muito parecido com aquele vencedor me incomoda um pouco, parece que Silas não tem ideia de como jogar de outra maneira. Mas o treinador já notou que não podemos ficar sem Estrada no time e também não podemos deixar de contar com o talento intempestivo do Marquinhos. Sim, com dois meias em campo, o Avaí não será o mesmo de 2009, e o que importa?

O Avaí conseguiu reconquistar diante do Criciúma o principal ingrediente que estava faltando. Uma coisinha que é, na verdade, o segredo dos times vencedores que já vimos vestir nosso manto: um sentimento de que não basta ser bom, jogar com raça, centímetro por centímetro, buscando a vitória. Ainda não defini um nome para essa "coisinha", mas ela se define como a postura de que será impossível derrotar o Avaí sem lutar muito. Ela é nossa, de novo. Seja lá qual for o nome dela.


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