No dia 3 de março o blog questionou a atuação do senhor Cláudio Vicente no novo organograma do Avaí. Relembre do post
aqui. Infelizmente, somente na madrugada de hoje vi o e-mail de resposta aos questionamentos levantados, pois não confiro regularmente o e-mail do blog - erro que está sendo corrigido com adaptações no servidor de e-mail. Minhas sinceras desculpas pelo atraso no direito de resposta. Fique agora com a resposta, na íntegra.
Caro colega Rafael (Blog VidAvaí)
Dirijo-me a você para esclarecimento a respeito de denúncia que surgiu com a divulgação do novo organograma do Avaí Futebol Clube, quanto à minha atuação como superintendente administrativo. Seu post de 03/março, apesar do título (“uma afronta ao sócio”), questionou mas ponderou, ao invés de simplesmente acusar. Por isso, entendo que mereça meu respeito e minha resposta.
Apenas quero ressaltar que esta não é em hipótese alguma a manifestação de um funcionário do clube. Não falo pela administração do clube, falo sim como profissional, administrador e professor, e também como conselheiro na ocasião em que teriam ocorridos os fatos levantados, uma vez que as dúvidas referem-se muito mais à minha ética profissional do que à minha atuação no clube.
A denúncia feita supõe que eu teria participado da comissão de conselheiros que estudou os valores de
mensalidades para 2011, sendo funcionário do clube. Quero afirmar que a denúncia é falsa, conforme a cronologia dos fatos:
• Em 16 de dezembro de 2010 ocorreu a 1ª. reunião do conselho em que o tema mensalidades 2011 foi discutido. Nesta reunião foi formada a comissão que estudaria o tema, quando me coloquei à disposição e fui aceito como membro pelos colegas conselheiros, assim como qualquer outro conselheiro presente poderia ter feito se desejasse. Nesta ocasião, não havia recebido qualquer convite para atuar como profissional do clube.
• Em 21 de dezembro aconteceu a reunião da comissão de conselheiros, quando foi elaborada a proposta de mensalidades que seria apresentada ao conselho até o final do mês.
• Em 28 de dezembro ocorreu a reunião do conselho em que a proposta elaborada pela comissão foi apresentada e aprovada. Esta proposta contemplou parcialmente uma proposição feita por mim na reunião de 16 de dezembro (facilmente comprovada pela leitura da Ata) para redução das mensalidades para 2011, atrelada ao pagamento em dia.
• No dia 03/01/2011 interrompi férias com a minha família e retornei a Florianópolis para discutir uma proposta para atuar no clube, quando aceitei assumir a superintendência administrativa. Em função da necessidade imediata do clube, iniciei minhas atividades em 05/01/2011.
• No dia 03 de fevereiro de 2011 participei pela primeira vez de uma reunião do conselho na qualidade de funcionário do clube, quando já não poderia votar nas deliberações do conselho, conforme reza o estatuto.
Esclarecimento feito, quero afirmar que, mesmo que o estatuto do clube permitisse, jamais aceitaria fazer parte da comissão se atuasse como funcionário do clube. Não é apenas uma questão regimental, mas principalmente uma questão moral. Meu histórico e minha imagem profissional, construídos por uma atuação baseada em princípios éticos, têm um grande valor; não seria inconseqüente e nem passaria por cima destes princípios em hipótese alguma.
Quanto aos critérios utilizados para a decisão da diretoria em convidar-me para o cargo, não tenho dúvidas que tenham sido apenas técnicos, já que a função em questão é absolutamente técnica. Meu currículo profissional inclui atuação de 5 anos como professor de ensino superior na área de gestão (graduação e pós), período em que orientei aproximadamente 40 trabalhos de conclusão de curso, fui homenageado como Paraninfo e Patrono em 4 ocasiões, além de ter assumido a coordenação do curso de administração após 2 anos de atuação como docente. Meu histórico inclui ainda a atuação como consultor de grandes empresas e pesquisador em uma grande instituição de tecnologia, ocasião em que fui eleito único representante dos funcionários no conselho da entidade, recebendo 62% dos votos.
Portanto, minha preocupação com as dúvidas levantadas diz respeito ao patrimônio profissional construído, que na minha avaliação merece ser defendido. Como vivemos na era da informação, tenho certeza que todo o exposto acima pode ser facilmente comprovado por quem possa ter interesse.
Quanto ao meu histórico de relacionamento com o clube, sou membro do conselho há 3 anos, e sempre adotei uma postura ativa, me colocando à disposição para discutir e atuar em temas de meu domínio. Da mesma forma que sempre tive posições críticas, sempre fiz questão de me colocar à disposição para ajudar, pois entendo que isto também é papel do conselheiro. Por esta razão, no início deste ano aceitei reduzir minha atuação como professor, profissão que me traz enorme satisfação e reconhecimento, para integrar a equipe do clube.
Espero que tenha respondido ao seu questionamento. Quanto a outras questões que tenham sido levantadas pelos blogs avaianos, não cabe aqui responder, pois, como informado no início, esta é uma manifestação pessoal a respeito de um fato ocorrido na época em que era apenas conselheiro do clube. Além disso, é meu desejo continuar mantendo a maior discrição possível no exercício da minha profissão, pois assim posso concentrar mais esforços para alcançar os resultados a mim confiados.
Cordialmente
Cláudio Vicente
Administrador e Professor