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Archive for 2012

As contas do acesso e um último fio de esperança.

Reativando o blog.
O amigo leitor que acompanha o blog e o meu twitter (@minhavidavai) deve ter percebido que a ativação deste blog está sempre aliada a uma superstição. A superstição de que escrevê-lo traz, de alguma maneira, sorte ao Leão da Ilha. 

Óbvio que isso não faz sentido nenhum. Também não fazia sentido algum ir até Chapecó de moto na esperança de ver o Avaí fazer um milagre. Eu fui. Ele fez. Assim, minha fé nas obras impossíveis de Nossa Senhora da Ressacada permanece intocada. Assim como a esperança na mandiga de manter isso aqui ativado até o final do campeonato.

As contas do acesso.
Vamos fundamentar os milagres que pediremos ao longo destes próximos dias aqui no blog. Aos números!

Fonte: Globoesporte.com
A situação na tabela não é confortável para o Avaí. São 7 pontos de distância para o São Caetano, a 8 rodadas do final do Campeonato. Para subirmos, somente com uma combinação de resultados tanto de São Caetano (SCA) quanto Atlético-PR (CAP), considerando que o Joinville perdeu o fio da meada e não irá vingar.

Primeiro, o Avaí precisa vencer o CAP amanhã, às 15h. Sem essa vitória, pode considerar-se fora da luta, pois o adversário irá a 55 pontos, 9 à frente do Leão. 

Vencendo amanhã e fazendo o dever de casa, com vitórias dentro da Ressacada, os jogos-chave serão:

SCA x Ceará - O clube de São Paulo pode vir a perder para o Ceará, oitavo colocado, se o adversário ainda tiver objetivos na competição.

Vitória x CAP - O Vitória precisa do triunfo para manter-se na luta pelo título da Série B contra o Tigre do Sul do Estado. 

Bragantino x Avaí - O time de Bragança Paulista está na luta contra o descenso. É fraco. É uma vitória fora de casa perfeitamente plausível. 

Vitória x SCA - Mais uma vez o Avaí dependerá da luta do Vitória pelo título. Vencer o São Caetano será um grande favor.

SCA x CAP - Num cenário otimista, um dos dois times já teria sido ultrapassado pelo Avaí na disputa. Se o time que estiver atrás do Leão vencer, melhor. O Avaí pega o Ceará nesta rodada, fora de casa.

Criciúma x SCA - Na briga pelo título, o Criciúma em casa deve fazer o favor de vencer o São Caetano. O Avaí pega o ABC fora de casa.

Criciúma x CAP - O Criciúma, em casa novamente, deve fazer mais um favor ao vencer o São Caetano e possivelmente sagrar-se campeão na 37a. rodada. 

SCA x Goiás - O Goiás é um dos times no G4 atualmente. Pode chegar na reta final lutando pelo título com o Criciúma e o Vitória. O Avaí ainda pega o rebaixado Barueri fora de casa. 

38a. rodada - Clássicos regionais. Quem sabe o Criciúma, campeão, não dê uma mãozinho pro Avaí, né? 

E aí, levando em conta os jogos dos nossos concorrentes diretos, dá pra acreditar? Pena que o retrospecto do Leão nestes momentos não tem sido bom. Porém, podemos. Não é nada impossível. 

Amanhã tem decisão em Curitiba!




Da filial do Corinthians à filial da Tombense e vice-versa.

O torcedor é o principal interessado no sucesso do seu Clube, portanto é o principal fiscal dele. É até admirável a pressão enorme que está sendo exercida por torcida e imprensa sobre o Avaí Futebol Clube por esclarecimentos acerca das novas parcerias do clube. Ainda que longe do ideal, disso transformar-se em influência real no Clube, é salutar. Não fosse o assunto "parceria" algo novo nos clubes de Florianópolis, principalmente naquele da praia do cagão.

No meio avaiano, seja nos blogs, nas redes sociais e nas ruas, a palavra "parceria" é o assunto mais comentado, de longe.  No Avaí, enquanto são colocadas em pauta aquelas que a imprensa já ventilou - leia-se grupo Maria Almeida, SONDA, DIS e Corinthians - também é comentada a situação da antiga parceria com a LA Sports. Salutar. O torcedor, portanto o Avaí, precisa disso. Ele pressiona, ele quer saber, e isso é o que a imprensa vai atrás. Parece, no entanto, que no outro lado da ponte isso não é julgado necessário.

A soberba que reina no outro lado da ponte é benéfica ao Avaí, no longo prazo. A imprensa não pressiona a fachada de grife da Tombense porque simplesmente não é pressionada a fazê-lo. Enquanto estar na elite do futebol brasileiro for uma desculpa na boca de cada um deles, o suficiente para acharem serem os melhores de Santa Catarina, ninguém questionará o que está por vir no futuro. 

Fiscalização é aquela coisa unânime no mundo do futebol: parece que ninguém gosta. No continente, foi levada à sério com o famoso café-com-brócolis. Foi e é bom para quem faz usufruto das artimanhas dos contratos.

Por aquelas bandas, não se cogita chamar o estreitense de filial da Tombense, como se falou à boca pequena sobre filial do Corinthians por aqui. Questionar os ganhos envolvendo transações de jogadores, lá? Não... Lá não se ouve sequer comentar sobre nada sobre letras envolvendo o PPP - sejam elas de compromissos e dívidas herdados pelos alvirosados do Estreito. 

Aliás, é difícil aceitarem que ele não foi de fato tirado: fez uma proposta para não ser aceita. O orgulho deles é dizer "nós tivemos coragem de assumir sem ele." Resuma-se o "nós" deles por um investidor sedento e um empresário do mundo da bola esperto. Aí, então, as barbies multicolores, que tremem diante do Leão da Ilha, principalmente no salão de festas da praia do cagão, estarão à deriva. Arrisquem-se a negar.

O sonho de todo avaiano deveria ser ler isto e pensar: "quando Zunino sair - e hei de sair de uma vez por todas - aqui não será assim." Só que será. A menos que cuidemos do Avaí. Poderemos e seremos, então, naturalmente hegemônicos em todos os sentidos. O principal acionário do Clube será você.

Os linguarudos.

Não basta querer a vitória. Tem que pedir sempre um algo mais quando se veste a camisa do Avaí, a nossa raça.

Não basta querer a vitória e a nossa raça. Ela tem que vir convincente, com um time ajustado, coeso, que jogue bem. Afinal, todo mundo sabe que aos trancos e barrancos não existe regularidade suficiente para o sucesso. Jogar assim até o final de um campeonato é a receita para, pelo menos, não cair. Não é coisa de quem almeja a Série A de volta. Mas, se o barco estiver afundando, que fique ao menos a nossa raça

Não basta querer a vitória, a nossa raça e um bom time. O respeito ao torcedor tem que vir em primeiro lugar quando o Clube age, o estádio tem que ser bom, os banheiros precisam ser limpos, as bebidas dos bares precisam estar geladas e o preço dos produtos precisa ser justo.

Não basta querer a vitória, a nossa raça, um bom time e um Clube que respeita o torcedor. Tem que dar opinião, dar seu pitaco, a sua parcela de ajuda racional a um Avaí que nunca deixou de habitar o coração, mas também a cabeça.

Institua-se uma nova classe de corneteiros. A dos linguarudos. Aqueles que, como se já não bastasse querer a vitória, a nossa raça, um bom time, um Clube que respeita o torcedor e dar o seu pitaco, tem que alimentar tudo isso a cerveja, boa comida e bons amigos.

Muita coisa boa pra cuca e pra língua.

Sempre valeu a pena.

Tenho um apreço especial por jogos do Avaí contra o São Caetano. Não sei bem explicar o porquê. Só sei dizer que, se estivesse em Floripa amanhã, iria ao jogo lembrando daquela Série C, não tem? Também teve jogo contra eles em que até o Arlindo Maracanã marcou. Como esquecer disso? Mas poderia ser contra qualquer adversário, eu vou sempre que posso - mesmo quando não posso.

Só que perdi parte dos amigos que me acompanhavam na Ressacada até o final de 2008, tão fieis quanto eu. Não puderam ou não quiseram continuar pagando e, de certa forma, compactuando com a nova política de preços que fora adotada em nosso templo. 

Parei também de pagar por um bom tempo, mas acabei voltando - justamente no ano da queda. Ter parado de pagar não tinha nada a ver com os resultados do time, tinha mesmo é com o clima elitista do nosso estádio - calado, quieto, frio. Não animava. 

Mas a dependência de Ressacada clamou mais forte. Voltei no ano da queda de volta à Série B, após 10 meses com a sensação de estar separado do Avaí. Entendo quem não tenha voltado.

A situação hoje, no entanto, é melhor. Podemos não ser o time mais qualificado da Série B. Nem termos o maior orçamento. Mas temos, sem dúvida alguma, capacidade para subir. Para isso, vencer em casa, sempre, é fundamental. Por não ser o melhor, muito menos o mais rico, o Avaí precisa do seu torcedor.

Você pode voltar à Ressacada, por preços justos. Com um time com sangue nas veias em campo, com uma torcida que está vendo novamente a chance de voltar à elite e animada com a volta de hegemonia no Estado.

O Avaí voltará para a Série A, com mais força se você estiver ao lado dele. Volte, também.

Levanto a questão porque estava a ler na Conselharia o excelente post da Kk de Paula, que já está tocando a bola a partir opinião do amigo Adriano Assis - um cara com quem se pode contar para tomar uma gelada até mesmo as 8 da manhã num sábado, mas tem na linha de pensamento sua melhor qualidade.





Sim, eu também sou da Conselharia Azurra.

 No princípio, tudo era o caos. Éramos um grupo de avaianos espalhados pelos parapeitos e cadeiras azuis da Ressacada. Torcíamos, vibrávamos e corneteávamos sem nos conhecer. Até que um começou a conversar com o outro na comunidade do Avaí no Orkut, começaram a se seguir no Twitter, ficaram amigos no Facebook, começaram a trocar e-mails dando opiniões sobre tudo e sobre todos que envolvem o clube e, um belo dia, resolveram marcar de assistir um jogo do Leão na casa de alguém.

Cervejinha vai, comidinha vem, o grupo começou a aumentar e, então, veio a ideia: por que não criarmos um grupo assim, organizadinho, pra ver os jogos do Avaí, fazer uma comida, tomar umas geladas, ouvir um som, chamar mais gente? E eis que surgiu a Conselharia Azurra, cujo objetivo é reunir a galera pra assistir os jogos e bater um papo descontraído e inteligente.

E por que raios esse nome? Porque, além amantes de comida e cerveja, somos um bando de gente cheia de opiniões, de soluções para todos os problemas e de conselhos os mais diversos para dar sobre tudo que envolve o Avaí. Nosso símbolo é um Einstein linguarudo, que representa a nossa (suposta) sabedoria e irreverência.

Quer saber como faz pra fazer parte da turma? Basta estar vivo, respirando, ser avaiano e mandar e-mail para contato@conselharia.com.br com seu nome e dizendo se prefere Zenon, Marquinhos ou Adílson Heleno. Simples assim!

Eu já faço parte dessa turma boa de copo e de mesa... Até farei um comentário mais alongado mais tarde. Ninguém vai querer perder isso, garanto!



Os pontos que não fecham nesta parceria.

Ontem tentei sintetizar, em linhas gerais, o que pôde ser absorvido sobre a parceria com um grupo estrangeiro que Zunino proclamou aos 4 ventos. Mas alguns pontos simplesmente não fecham. 

Se o próprio Presidente afirmou que os parceiros do Avaí não teriam ingerência no Clube, "somente" uma forte fiscalização para que haja uma boa administração, só posso acreditar que ele omitiu o fato de que, para o DIS e o SONDA pudessem dar preferência ao Avaí nos negócios, seria necessário que Marcelinho Paulista fosse o diretor de futebol do Clube. Isso, no mundo corporativo, é muito comum: tentar garantir o seu investimento. Mas onde entra a parceria nisso, não sei dizer.

A segundo parte que não fecha é o ponto levantado por Filipe Calmon, repórter do Infoesporte, sobre a chegada de um português para a comissão técnica - isso teria a ver com o DIS e o SONDA ou com o a parceria do grupo estrangeiro?

A terceira parte, enfim, diz respeito sobre como os futuros patronos do Avaí esperam o retorno do dinheiro investido no clube. Investimento é algo que necessariamente exige retorno. Ninguém seria bobo de investir 30 milhões de reais por ano num clube sem grande exposição na mídia nacional pensando somente na publicidade.

Estas questões não fecham e até mesmo contradizem o Presidente. Mas ele é o Presidente 180º, tudo o que fala vai em direção contrária. Cautela sempre é pouco. Resta ao torcedor esperar por mais detalhes e principalmente por barulho no Conselho Deliberativo.

Um rascunho da parceria.

Juntando os cacos de informações que se encontram nas mais diferentes fontes jornalísticas, já é possível fazer um rascunho da parceria que o Avaí está para firmar com um grupo estrangeiro.

A princípio é um bom negócio. O tal grupo, ainda não revelado, deve entrar com investimentos 35 milhões de euros por 3 anos, ou seja, cerca de 12 milhões de euros por ano - cerca de 30 milhões de reais. Mas, claro, todo investimento precisa ser retornado. Aí, entram alguns pontos.
  1. O Clube precisa manter uma gestão exemplar - o que começa pela ISO recentemente conquistada;
  2. Um profissional - ou aspirante a - português deve ser indicado para a comissão técnica. É um homem bem relacionado com os investidores e possui a ambição de ser técnico de futebol.
  3. As portas dos grupos DIS e SONDA automaticamente estarão abertas. São os mesmos grupos que detêm o passe de Neymar, Ganso e outros craques do futebol brasileiro. Pertecem ao mesmo dono, mas possuem CNPJ diferentes. O mecanismo que abriu as portas dos grupos para negociações preferenciais com o Avaí ainda não imagino qual seja, mas Marcelinho Paulista está aí para assegurar estas relações.
  4. O retorno comercial que o grupo estrangeiro, que aparentemente não tem ligação com DIS e SONDA, até onde é possível entender, pretende ter está relacionado a divulgação de suas marcas. O investimento inicial é alto e o retorno de exposição seria provavelmente baixo. Seria. O Avaí é um forte aspirante à elite nacional e estará bem relacionado com gigantes do futebol, assim como está bem relacionado com o principal meio de comunicação de Santa Catarina - a RBS. 
Já há muito tempo João Nilson Zunino fala sobre uma parceira com um grupo estrangeiro no Avaí. E ele não falava do avião russo. Isso foi de uns 2 anos para cá. Os pontos começam a se ligar quando se colocam todos aqueles acima juntos.

O grupo estrangeiro precisa de exposição para suas marcas para compensar o investimento no Avaí. Para isso, acima de tudo um clube bem gerenciado é fundamental. Para um time forte em campo, que chame atenção da mídia, entra a parceria com DIS e SONDA. Aí entra também Marcelinho Paulista e talvez o português, que ainda não encaixei no contexto. Para a divulgação das marcas internamente, no início de tudo, entra a RBS. 


Se a parceria, assim desenhada, mantiver o Avaí independente, precisando seguir somente diretrizes de grandes empresas, vejo como o maior negócio da história do Clube. Um passo gigantesco para o crescimento do Avaí no cenário nacional. Se for como idealizada, claro. Com compromissos assinados e tudo formalmente acertado. A esperança, afinal, é a última que morre.


Tem de haver algum sentido.

Nem bem completamos dois dias de título e Carlos Arini está oficialmente fora do Avaí, com Marcelinho Paulista assumindo, para fazer o elo de ligação entre o Clube da Ilha e o Corinthians de São Paulo. Com direito a revolta dos jogadores, os campeões, interrompendo a coletiva de imprensa para declarar seu apoio a "Carlito". Inédito, inacreditável e até agora desafiador: qual a lógica do negócio?

Nada disso foi muito absurdo, considerando de quem veio. Não custa lembrar: enquanto Gustavo Mendes estava no Avaí em 2011, Arini já atuava nos bastidores desde metade daquele ano. Até não é surpreendente o resultado da coletiva dos jogadores após a "reunião de emergência" de portas fechadas com o mandatário do Leão - Arini deve sim continuar sendo homem de confiança, atuando no clube por trás das cortinas.

Pelas declarações do Presidente 180º, aquele que fala exatamente o oposto da verdade - para não dizer que mente descaradamente, a chegada de Marcelinho Paulista parece uma imposição para que seja viabilizada a chegada de alguns jogadores encostados no gigantesco elenco do clube alvinegro. O quanto isso custará futuramente ao Avaí, ninguém ousa sequer cogitar ainda. Ainda mais quando nada disso cheira bem. Só resta esperar as cenas do próximo capítulo.


A saga de um título inesquecível.


Dissessem para qualquer avaiano, antes da queda de Mauro Ovelha, que seu time seria campeão em cima do Figueirense e ainda por cima jogando o fino da bola, o bom mané (provavelmente mané) responderia com um sorriso irônico de canto de boca. Como quem responde a um deboche, com um “filha da puta” entoado mentalmente.

Não que alguns não acreditassem no título. Esse negócio de acompanhar o Avaí mesmo que todas as esperanças tenham acabado tem algo de peculiar. Porque talvez seja até errado dizer que, para um avaiano, todas as esperanças possam acabar. Se tudo der errado, sobrará a raça, pelo menos. Só imagino este motivo, esta crença na histórica raça do Avaí que faz côza, forte o suficiente para fazer muito doido ir a Ibirama, Camboriú, Brusque e outros pequenos estádios e cidades ver um time que não mostrava algo parecido com futebol em momento algum. Também tinha o fator hegemonia, claro. Mas não lembro de alguém citá-lo, com aquele troço que se via quando o Avaí corria no gramado. Só podia ser pela crença de ver o Avaí fazer côza na base da raça. Tenho dito. E dito isso, continuemos.

Chegaram os reforços, encabeçados por Cleber Santana, mas o time continuou jogando algo entre “porra nenhuma” e “o mesmo que nada”. Enfermidade sofrida desde 2011, de um Avaí que não encontrou intimidade com a bola desde aqueles tempos. Mas ela veio, a tal qualidade veio, na queda de Ovelha e pelas palavras e pelo trabalho de Hemerson Maria e Emerson Nunes. Daí para ver o Avaí vencendo novamente, com uma torcida atuante e vibrante nas arquibancadas, não foi necessário muito. Não é necessário oferecer bananas a macacos nem pedir apoio da torcida do Avaí – foi só jogar as bananas, digo, o futebol, e o apoio veio, forte e pulsante, a empurrar o Avaí. Com direito a um créu parcial no time do Estreito e uma invasão histórica a Blumenau, com belíssima vitória.

Mas foi na etapa seguinte do campeonato que as loucuras que só o coração avaiano sente começaram a pulsar mais forte. Para mim, ao menos. Não que ir a Ibirama ver o Avaí levar virada e ser humilhado pelo time de Delfinzinho não tenha sido loucura. Foi. Mas nada se comparou a ir para Chapecó na esperança de ver o Avaí quebrar um tabu de 1 ano e meio e vingar minha última derrota naquelas terras – aquele 3x1 na final de 2009.

Ouvi ontem do “Seo Adir”, como chamo o pai do Adir Junior, um sonoro “SEU FILHO DA PUTA! NÃO QUERO TE VER MORTO” pela loucura de subir na moto domingo pela manhã, ainda com os lábios roxos do vinho da noite anterior, o estômago revirado, tonto e com 3 horas de sono somente, e seguir na cola do golzinho do Felipe Silva até Chapecó. E voltar, no mesmo dia (noite, na verdade), num frio de encarangar urso polar. No momento em que subia na moto rumo a Chapecó, ouvia meu inconsciente dizer para a insanidade: “isso é coisa de maluco, mas tem gente que gosta”. Ouvi o mesmo depois do jogo, aliás. Não tenho o dom de Hemerson Maria, de sentir seu avô dizer que vai dar tudo certo. Só tenho um manto azul e branco com um escudo do Avaí. Bastou para fazer a primeira loucura verdadeiramente louca deste campeonato.

Depois de Chapecó, nada mais parecia insano de se fazer. Não tivessem acabado os ingressos para a torcida do Avaí no grande clássico final do campeonato com uma rapidez absurda. O Felipe e o Seo Adir bem tentaram, chegaram 5:30h da manhã, mas a loucura já havia movido outros corações avaianos até as bilheterias. Tadinho, o Seo Adir na comemoração do título ainda ostentava na careca as queimaduras que o sol lhe deu de presente na fila para comprar os ingressos.

Restou-nos entrar no estádio do Estreito da única maneira que era segura: com uma camisa do rival, no setor rival, e assistir ao jogo caladinho, quem sabe até corneteando o juiz – porque, afinal, juiz ruim nem pra roubar serve, ele simplesmente é ruim. Os amigos avaianos decidiram tentar ficar juntos no estádio. Não deu certo, mas não vem ao caso. Eu fiquei com outros amigos, alvinegros, num setor mais tranquilo. Imaginem a cara de alegria deles por me ver (sendo sufocado) usando aquele pedaço de pano. Antes mesmo do jogo começar, já vi o Avaí comemorar a vitória do Clássico das categorias de base. Bom prenúncio.

Quando o aspira de coveiro Ygor errou o primeiro movimento dele no jogo, tocando a bola para o nosso Robinho logo no segundo passe do Nojeira no jogo, vi que algo conspirava para nós. Mais um bom prenúncio. Com 5 minutos de primeiro tempo ainda, o aviso final de que esse campeonato não nos fugiria: Leandro Silva matou de três dedos um bagão que a defesa adversária deu pra cima. Deu de primeira, de três dedos, naquela bola que fazia disputa com a gravidade até instantes atrás, e acertou um toque magistral para o companheiro ao lado. Plenamente consciente da jogada. O Avaí seria campeão de qualquer jeito, cravei, quieto, claro, mentalmente.

Enfim, assisti ao jogo inteirinho da maneira como descrevi: quieto, calado, batendo palmas nos cantos da torcida deles (quando cantavam, de vez em nunca) e reclamando dos erros do juiz.

Apreciando, à distância, o espetáculo que a torcida de azul e branco dava, cantando os 90 minutos quase completos, quase esquecendo-se de dar um descanso no intervalo do jogo. Era engraçado e cômico o fato de eu estar ali, vendo aquilo, sem sequer dar pinta de estar apreciando aquele show, aquele jogo com a melhor trilha sonora que já pude presenciar – geralmente eu tô lá cantando também, seus ixtepô. Engraçado e cômico também era o Avaí fazer gol e eu xingar o time do rival junto com os torcedores rivais. “Essas porras sempre ganham da gente aqui agora, caralho, time filha da puta, amarelão!” Era desse nível pra baixo que eu xinguei. E eles acompanhavam o coro da corneta.

E assim foi, até o final, a torcida deles ensaiava alguma agitação e imediatamente era calada por um “EI, FIGUEIRA, VAI TOMAR NO CU!”, absorvido com chutes nas cadeiras e reclamações de “cornos, desgraçados, fazendo festa aqui de novo” pelo povo ao lado. Durante esses momentos abdiquei de ver o jogo para poder rir internamente, de cabeça baixa.

Até a festa do Avaí tomar contornos apocalípticos, para a torcida deles. A massa azulibranca começou a cantar “Mamãe, eu quero, mamãe, eu quero! Mamãe, eu quero mamar! Dá a chupeta! Dá a chupeta! Dá a chupeta pro bebê não chorar” para o lateral do time deles, que se acabava em choro após belíssimo gol do Laercio Carreirinha. O mesmo Carreirinha, que de contestado passou a fundamental para o time na reta final do campeonato, fez um gol no time do Estreito, em pleno Scarpelli, que de tão humilhante nos faz até esquecer que aquilo foi em um time que jogará a Série A.

Antes do término do jogo, vendo que seria montado o palco da premiação virado para o setor oposto ao meu, decidi ir embora e evitar maiores confusões caso fosse reconhecido ali. Só ouvi da rua que o time deles fez um gol. Mas não tinha jeito, “só” faltavam mais 4 para eles. Fui ver a festa de cima, de um apartamento, na companhia dos amigos avaianos que foram expulsos do estádio – mas isso não vem ao caso, novamente - e vi o bairro do côcô-irmão explodir em foguetes e comemoração de avaianos que ali residem e por anos, certamente, quiseram fazer isso onde moram. Abaixo de nós, o cortejo fúnebre.

Não sei qual foi a maior loucura da minha vida até hoje. Estas que compartilho com vocês são somente algumas. Mas estou aí para fazer outras, se a raça avaiana apresentar-se novamente com tanta categoria e classe. Comemorarei no Koxixo’s, como sempre, e final do ano estarei lá de novo. Se a raça quiser.


Carreata é tradição.

"Quem é contra a carreata deve ter, no máximo, 30 anos. E também não ter acompanhado a saga pelo acesso em 2008 e a preparação para a final do estadual de 2009. Nos anos 70, havia carreata nas manhãs de domingo antes de todos os jogos importantes. Em 2008, teve umas três carreatas antes dos jogos decisivos, na reta final. E em 2009, teve uma carreata em direção ao treino dos 5 mil. Em todas elas, não havia arrogância, soberba e nem oba-oba. Apenas espírito de união e incentivo pela e para a nação avaiana. E sempre deu sorte..."

Roberto Costa, no blog Elite Azul & Branca.

Mais um capítulo dessa gloriosa história de raça.

Poucos clubes têm como símbolo a raça. Até porque é um símbolo inapalpável. Mas, entendido sob o fascínio do azul e branco, transforma qualquer descrente em um possível fanático refém do Avaí. 

Se um campeonato é uma guerra, o jogo é "somente" a batalha. E as grandes guerras não começam nas batalhas. As grandes guerras envolvem deslocamento de tropas, planejamento, estratégia, habilidades com as armas, e no futebol, raça. No caso do Avaí, especialmente, raça.

No dia vinte e nove de abril de dois mil e doze, fanáticos de uma casta da sociedade de privilegiados reféns do Avaí, trajaram azul e branco e rumaram para o Condá, mais de quinhentos quilômetros distante do Templo Sagrado da Ressacada, com o único objetivo de reforçar os guerreiros que entrariam no campo de batalha naquele dia. Eis que neste dia, o Avaí de Hemerson Maria, Emerson Nunes, de seus comandados e dos fanáticos, escreveu mais um capítulo glorioso da raça avaiana.

Nos últimos anos, derrotas na Arena Condá repetidas vezes. Neste ano, nenhuma vitória contra o Índio Guerreiro do Oeste. Na tabela, terminaram na frente. Contra o favoritismo da Chapecoense, raça.

Entrando em campo sem o atacante titular e sem a dupla de volantes titular. Contra os desfalques, raça.

Levar um gol no primeiro tempo e ver novamente a equipe adversária praticar o anti-jogo. Ver a equipe adversária novamente com onze atrás da linha do meio de campo. Parecia impossível. Impossível parecia também virar o jogo tirando os dois atacantes. Contra a retranca da Chapecoense, raça.

Viajar por quase metade de um dia. Mesmo assim, fazer o Condá ouvir o amor que ninguém cala. Contra o número muito maior de bocas a cantar pela Chapecoense, raça.


Raça, conjugação de amor, coragem, loucura e obstinação no vocabulário avaiano. 



Nos vemos em Chapecó.

Neste exato momento devo estar indo para Chapecó. O Campo Crítico, da rádio Guarujá/SBT, que irá ao ar às 12h, foi gravado há um tempinho, por isso já devo estar na estrada para acompanhar e apoiar nosso Avaí.

Uma vitória hoje significa uma vitória da comissão técnica e do grupo de jogadores. Nunca da Diretoria, principalmente depois das declarações do capitão Leandro Silva.

Seremos campeões, novos ídolos surgirão. Tudo depende de como Zunino administrará esse novo caminho de sucesso que já existe trilhado para nós, seguidores da doutrina desta camisa azul a branca. 

Que Deus esteja conosco nesta viagem, para que nada de mau ocorra com os viajantes, e que no jogo vença o melhor. Nós, avaianos ou torcedores de outros times, merecemos um campeonato justo, onde os melhores vencem e a arbitragem em nada influencia o resultado. Que seja o Avaí o melhor, por tudo que tem apresentado sob o comando de Hemerson Maria e Emerson Nunes.

O Leão vai jogar, eu vou!

Patric, Mika, Maurício, Cleverson?

Eis no título os nomes das possíveis novidades para o jogo de domingo, em Chapecó. Um pouco preocupante jogar com 3 novas peças. Mas que pode dar certo, ah, pode.

Se Patric é quase unanimidade na opinião da galera do Twitter para substituir o voluntarioso Arlan, para este blogueiro não é. Ainda prefiro Arlan em forma, como está, para jogar em cima da lateral esquerda da Chapecoense. Patric, voltando de lesão e de alguns possíveis cachaçais, não.

Para a vaga aberta por Bruno, Mika. Mas é Pirão quem deve ir como primeiro volante, principalmente pela melhor qualidade defensiva. Não me parece a opção mais adequada, mas para um time que precisa fazer o resultado, nada de absurdo.

No ataque, a dúvida mais preocupante. Nem Maurício, muito menos Cleverson, têm características para substituir Nunes. Assim, quem entrar será para jogar mais pelas pontas, o que é acertadíssimo contra um time com 3 zagueiros como o da Chapecoense. Iria de Maurício, pela boa sequência que vem tendo entrando durante os jogos. Merece o voto de confiança.

E o leitor, iria pro jogo como?

Pode até ser fácil.

O Índio de Itamar Schülle soube identificar os pontos fortes e fracos do Avaí no ataque, como as descidas de Felipe Alves pelos cantos e o papel de pivô de Nunes. Como a saída de bola na faixa intermediária do campo é qualificada com Cleber Santana com tempo para pensar mesmo quando sem inspiração. Como é simplesmente estratégico deixar Robinho mais livre, estragando 85,6% das jogadas iniciadas nos pés dele - dado fictício mas próximo da veracidade, imagino. 

Com três zagueiros daquele tamanho, como os da Chape, parar um ataque em que somente Nunes é a referência de área foi moleza. Forçar jogadas pelas laterais para segurar Felipe Alves mais recuado foi uma tacada de mestre. Ameaçar nos contra-ataques para manter os laterais avaianos sempre com um pé atrás na hora de subir. Depois, foi só colocar um carrapato no lombo Cleber Santana e o resto deixar por conta da falta de criatividade de Bruno/Diogo Orlando/Robinho. Enquanto isso, Hemerson insistiu em deixar Athos jogar sozinho.

O Avaí entrou, como sempre entra sob o comando de Hemerson Maria, para jogar bola. A Chapecoense entrou como time pequeno, praticando o anti-jogo desde o início. O problema é que eles jogaram como bem quiseram. E assim querem também os Deuses da bola que seja: não há punição ao adversário que aposta na marcação forte, no contra-ataque e na cera após o primeiro gol. Entenda-se, então, que faz parte do futebol. 

É preciso aprender a jogar contra a Chape. Principalmente atacá-la. É fundamental saber fazer o resultado num dia sem inspiração quando se joga como o Avaí de Hemerson Maria. Entrar inspirado e marcar o primeiro gol é a chave para desmontar o "verdão" do oeste.


Sem esquecer do passado.

Hoje, lendo o blog Elite Azul & Branca, do saudoso mestre Tullo Cavallazi e hoje tocado por sua família, vejo a interessante postagem "Não elogie! Você está sendo monitorado!". Como já falei para amigos, conhecidos e seguidores do Twitter, ficar atacando e respondendo ofensas alheias não é comigo. Já foi, não é mais. Permito-me dar uma opinião absolutamente contrária a do autor sem tentar atacar sua honra. Eis a intenção deste texto.

Sem esquecer do passado.

Sejamos felizes, sim, com o momento do Avaí. Podemos ser campeões pela terceira vez em 4 anos. Mesmo que nada faça apagar as lástimas de 12 anos de administração de João Nilson Zunino. Fechar os olhos sob o pretexto de que todo o resto é mais importante do que o Avaí, não. Eu usaria esse argumento se estivesse com medo do que uma oposição engajada pode fazer. Não que seja o caso da postagem do Elite, mas isso levanta 

A generalização onde qualquer um que elogie ficará marcado como "zuninete" é simplesmente burra. Como qualquer generalização. Não que seja falsa. É difícil, mesmo, quem diferencie o elogio do puxa-saquismo. Mas elogie. Sim, o que merece ser elogiado.

Só não deixe nunca de lembrar que hoje as coisas podem estar sendo diferentes por causa de erros crassos do passado. Nunca esqueça aonde estaríamos com as verbas vultosas da Série A 2012. São os tipos de erros que não podem ser ignorados. Lembre-se o tempo todo, na alegria e na tristeza, do passado.

É covardia pedir para que você, torcedor atento ao seu clube, simplesmente acompanhe-o mais de longe. Louvável o equilíbrio na vida de qualquer um. Fiscalizar pelo o bem do que é importante para você faz parte dele.

Pergunte aos atuais mandatários do Avaí se eles passarão a acompanhar o clube de longe após o fim do mandato, ou se acompanhavam à distância antes de assumirem. Sempre existirão os loucos que farão o Avaí ir adiante. Com certeza o Clube não vai acabar. Mas alguém precisa zelar por ele mais do que a maioria. Recuso-me que esse alguém seja sempre João Nilson Zunino e dos seus para sempre. É estar deixando as coisas mais importantes da vida de lado?


Domingo para fanáticos da casta de reféns do Avaí.

Se existe uma casta na sociedade, esta é a dos fanáticos reféns do Avaí. Todos cooptados pelo coração ao ver entrar em campo e performar milagres o time de cor azul e branco.

Um passeio pelo Estado revelará ao menos um destes fanáticos em cada cidade. Trajando o azul e branco sempre que possível. Levando seu objeto de culto e vício a toda parte. Mesmo que esporadicamente façam uma mudança temporária, exaustiva e purificadora ao seu Templo Sagrado, sediado no Reino da Ressacada, no Condado do Carianos. Eles precisam respirar o ar do seu Templo de quando em vez, para purificar o coração e a mente enquanto entoam seus hinos de louvor. Coisa de fanático, obrigação da casta. 

Contrariando até mesmo a Bíblia dos cristãos, a qual muitos destes fanáticos seguem, gostariam que por mais vezes o mar realizasse este êxodo purificador. O mar azulibranco, como gostam de se chamar, cobrindo o sul da Ilha de Santa Catarina a apoiar, socorrer e empurrar o Avaí.

Ato contínuo este troço de ser um fanático refém do Avaí. que alguns insistem chamar de "culto da raça". Raça qualquer um pode ter. Trajar azul e branco e também. Entender, ninguém. "Avaianidade" é o termo que mais se aproximou da definição. Mas torcer para o Avaí não significa ser um fanático. Definiremos, por enquanto, como troço - palavra tão nossa quanto o orgulho de carregar o escudo do Avaí no peito.

Neste domingo, dia 22 de abril, os fanáticos da casta de reféns do Avaí prometem levar toda sua força, da garganta e das palmas das mãos, para as cadeiras do Templo. Já até entoam mantras nestes dias que precedem a batalha: "Domingo é dia de #RessacadaLotada." 



Leões do Vale no Setor E é o caldeirão de volta.

Se tem algo que nunca deixou de me intrigar é porque a Diretoria do Avaí não tentou mais ampliar o setor B, tradicionalmente conhecido como "Setor da Mancha". Falta de dinheiro ou vontade, os privilégios dados aos sócios dos novos setores cobertos e os preços praticados nos últimos anos "correram" com aquele torcedor que não tinha muito dinheiro, mas estava louco por ir à Ressacada gastar os pulmões e a garganta. 

A Ressacada, em suma, a força do seu principal pulmão com o "vazamento" sistemático do oxigênio do setor B.  Com a perda dos instrumentos por conta de punição do MP, a Mancha Azul hoje carece de vozes e de percurssão. 

A Leões do Vale, torcida de corajosos avaianos - boa parte de Santo Amaro da Imperatriz -, nunca arredou pé do setor H, quase sempre vazio. Loucos, insanos, cantando sem parar todos os jogos, com pouca gente, fazendo-se ouvir na raça.  Veio a recompensa, tanto para o resto dos torcedores quanto para a Leões: estarão no Setor E fazendo o agito da Ressacada, fazendo o caldeirão ferver novamente, privilegiadow pela cobertura.

Se já não anima mais ninguém ir para a Ressacada ouvir os passarinhos cantarem, domingo não existe desculpa: o caldeirão vai voltar.

Chama o Dionísio.

O jornalista Rodrigo Santos descreve em seu blog o sistema que definiu os árbitros para as semifinais do Catarinense:

"Quem pode assistir ao sorteio de arbitragem das semifinais do campeonato viu o jeito em que foram definidos os árbitros de Avaí x Chapecoense e Joinville x Figueirense. 
Simples assim: uma dupla de árbitros foi escalada para cada partida. O sorteio foi feito para definir quem apitava o jogo de ida. O perdedor estava escalado automaticamente para o jogo de volta. 
Como se vê, aqui não houve um sorteio como de costume. Já era sabido que Celio Amorim e Paulo Henrique Bezerra apitariam Avaí x Chapecoense, e que Ronan Marques da Rosa e Bráulio Machado estariam em JEC x Figueira, só foi definido qual das duas partidas.
Para você, isso é sorteio ou indicação?"

Precisamos de uma nova entrevista do tal Dionísio, Diretor de Arbitragem da FCF, para em 5 mil palavras não conseguir explicar esse absurdo. Vai rolar safadeza descarada nesse campeonato. Pode anotar.

Vão aguentar o tranco?

Final de campeonato não é o mesmo que jogo classificatório. É decisão. É hora de raça acima de qualquer predisposição técnica, inteligência e força emocional acima de qualquer adversidade. Não foi só na bola que o Avaí de 2009 venceu aquele jogo em que saiu perdendo e teve um jogador expulso ainda no primeiro tempo. Foi na cabeça, foi na qualidade e coragem de Marquinhos e Cia. de continuar tocando a bola até cansar o adversário, até a defesa dos índios abrir as brechas. 

E elas existem. As brechas estão ali, na Chapecoense, esperando que o Avaí saiba utilizá-las. O Cruzeiro já provou, com 4 gols, que as brechas estão lá e não são tão incomuns no time do Índio.

É difícil vencer na Arena Condá. Que façamos o resultado em casa. Derrota de 2x1  em Chapecó também classifica se vencer de 1x0 em casa. Domingo, qualquer resultado positivo sem gol da Chape é uma vitória plus-size. Com a volta de Nunes e Bruno, com efeito suspensivo, não é nada impossível. 

Domingo é dia de #RessacadaLotada e de um Avaí que entra para ser campeão. Com inteligência e coragem.

ERRATA: Conforme correção da Aninha, nos comentários, a Chapecoense joga por resultados iguais. Derrota em Chapecó não nos classifica.

Sem Nunes, outro time.

Se mesmo fora de forma Nunes tem sido decisivo, segurando a zaga adversária, dando importantes assistências e fazendo gols - mesmo que poucos -, em forma será ainda mais útil. Quando tava pegando o ritmo, colocando raça até perder o fôlego, veio a punição. O problema deixou de ser ele. É quem vai jogar no lugar do camisa 9.

Com a ausência de atacantes trombadores no elenco, o técnico Hemerson Maria vai quebrar a cabeça para achar uma referência de área em um esquema que depende de alguém para segurar a bola no ataque. Nem o menino Maurício, com sua força física e habilidade, tem o cacoete de atacante de área. Muito menos o baladeiro e mirrado Carreirinha. Neílson e Capixaba não são opções em um time que se diz sério. 

Sinceramente, não vejo solução. Vamos mudar o modo do time jogar no ataque. Lá vêm Maurício e Felipe Alves caindo pelas pontas, jovens e inexperientes em jogos decisivos. Aliás, quem vai fechar pelo meio? Só o Barcelona consegue hoje em dia resolver a questão. É aí que complica...

Só para lembrar: domingo tem decisão!

Em meio a todo o momento turbulento dos bastidores avaianos, com inúmeras cagadas seguidas, o futebol infelizmente termina por ficar em segundo plano. 

Mas hoje ninguém aqui vai comentar sobre os 3 mil lugares perdidos para o jogo de domingo. Hoje ninguém aqui vai falar de Corinthians. O assunto, a partir de agora, é a semifinal do Catarinense. É a Chapecoense. É o substituto do Nunes. É o brio de Hemerson Maria e seu fiel escudeiro Emerson Nunes para colocar em campo um time capaz de superar todas as adversidades do forte adversário. É a presença da Leões do Vale no Setor D, fazendo barulho naquelas arquibancadas cobertas e agitando a torcida como poucas vezes teremos visto.

O assunto agora, amigo, é futebol. É torcida nas arquibancadas. É Avaí na sua essência. Está decretado: de agora até segunda-feira o foco é a decisão que se aproxima. Tá? Tranquilo?




O fator Zunino.

Hemerson Maria fez o Avaí jogar futebol em 4 partidas. Os jogadores estão em suas mãos, mesmo que seja cedo, mesmo que o elenco precise de reforços para disputar uma Série B. Uma possível derrota no Campeonato Catarinense não será nenhum escândalo, desde que com muita luta em campo. A incógnita mais importante é, de longe, a competência da administração do Clube. 

A equação "Série A" já tem preenchida sua segunda incógnita mais importante: uma comissão técnica que entende de futebol. Hemerson pode até perder seu cargo para um treinador mais gabaritado se ficar evidente sua falta de experiência em situações decisivas - o que parece ser difícil. Só não pode perder sua importância: merece, junto com Emerson Nunes, formar a comissão técnica permanente do Avaí.

A incógnita mais importante da equação "Série A" é a lisura da dinastia Zunino no comando do Avaí. Se suas negociações durante a competição não gerarão problemas ao time. Se conseguirão manter em dia o que hoje no Clube se chama de incentivo, o tal do salário. Se nenhum jogador do filho do Rei será obrigatoriamente titular em todos os jogos... Opa.
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Um 5x2 perigoso.

Os problemas que não podem acontecer mais.

O Avaí que aplicou uma estrondosa goleada no Metropolitano nesta tarde de domingo ainda tem com o que se preocupar. O time de Blumenau era bom e mesmo assim foi patrolado pelo time montado por Maria e Emerson Nunes. Mas o resultado não pode mascarar deficiências do Avaí para os próximos decisivos jogos.

O time que entrou estava perfeitamente ajustado, ainda mais após uma conversa do técnico ao pé de ouvido do Robinho. Os principais problemas apareceram nas substituições. Robinho e Felipe Alves estavam, de fato, segurando as alas do Metropolitano e ainda dando o primeiro combate. Diego Palhinha e Carreirinha, por motivos distintos, não conseguiram o mesmo. Nem ao menos dar a mesma consistência no meio. 

Se Palhinha parece estar ainda um pouco fora de forma, fora de condições de ajudar efetivamente na marcação, ainda pode contribuir com seu talento jogando para frente. Já Carreirinha é um rapaz novo que, entrando no segundo tempo, perdeu na corrida para um exausto Nunes.

Não quero ser pretensioso a ponto de querer ensinar futebol a um profissional como Hemerson Maria, mas  optaria pela força física de Maurício para substituir Felipe Alves - que está sendo uma substituição certa em todos os jogos. E reforçaria a meia-cancha quando entrasse Palhinha.

Não tem mais muito o que mexer no Avaí. A pressão tomada aos 30 minutos do segundo tempo veio muito em função de uma desorganização temporária devido ao desespero do time da casa, que perdia por 3x1. Mas também de um Avaí sem pegada no meio e fraco na bola alçada na área.

Além de termos cansado, além dos que entraram não terem continuado o esquema como se esperava, não tivemos maturidade suficiente durante um tempo para segurar a bola quando a recuperávamos. Depois tudo voltou ao normal. Mas contra a Chapecoense, de pegada forte e ótima bola aérea, não saber controlar o jogo pode ser um problema muito mais grave.

Até lá, é lembrar que apesar de tudo o Avaí chegou, jogando bem e fazendo resultado. #AgoraAguenta!




#ClássicodeSábado: YES, WE CAN.

Sim. É possível fazer um jogo entre torcedores rivais em sua maior parte desconhecidos, com o juíz declaradamente torcedor de um dos times, e sairem todos satifeitos - seja na derrota ou na vitória. Ah, com presença da imprensa e tudo. Sem precisar tirar satisfações com ninguém.

Se todo tipo de estratégia foi utilizada para garantir o placar positivo ao time alvinegro, como batizar o chopp da noite anterior e treinar 4 semanas para entrosar o time e vencer o peso da camisa azul e branca, não foi o resultado de Avaí 5 x 10 Figueirense que importou no final das contas.

Jogo sem violência, sem nervosismo desnecessário ou animosidades exacerbadas, somente uma oportunidade para maltratar a bola e principalmente conhecer e integrar um pessoal mais do que consciente de que futebol é só futebol. Sem sequer conhecer a maior parte dos jogadores adversários. Desconhecidos que, na hora em que a bola rolou, considerou-se que poderiam ser nossos irmãos, primos, amigos ali, naquele momento, jogando.

Eis o #ClássicodeSábado, um precedente histórico para novas peladas e até quem sabe outros tipos de ações que de preferência terminem mais uma vez em carne, cerveja e risadas. A única vitória que interessou, no fundo, foi a da civilidade sobre a paixão pelas camisas e escudos.



Na mesma moeda - Por André Tarnowsky Filho.

Faz tempo que venho escrevendo diariamente sobre o Avaí Futebol Clube, paixão pra toda vida! Justamente por ser uma paixão, por vezes nos deixamos levar pela emoção e cometemos alguns atropelos, algumas injustiças, quer pela colocação de palavras mais duras, quer por uma insinuação que deixou uma interpretação dúbia...

Efetivamente, não sou um mestre das letras, mas é verdade também que pauto meu blog pelo meu instinto e não pela vontade de terceiros...

De alguns tempos para cá, mais precisamente depois daquela estupenda campanha no Campeonato Brasileiro de 2009, comecei a perceber uma mudança de ritmo na minha "paixão", não que meu coração batesse diferente, mas a condução dos negócios da "paixão" começaram a ser desvirtuados...

Bom que se diga, não confio nem acredito nas coincidências do futebol, quer por resultados, quer nas atitudes dos dirigentes.

Partindo dessa premissa, vou forçar meus amigos leitores a acompanharem esse pequeno raciocínio, que começa a partir de uma reportagem de 8 de junho de 2010. (...)

Continue lendo aqui.
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Pelo título, só nós?

É tudo pelo título. Até um tempo de silêncio, de calar as críticas e falar somente sobre futebol. Mas João Nilson Zunino é um mestre. É o maior inimigo do Avaí.

Se tudo estava o melhor mar de rosas azuis que poderia existir, nada nem ninguém melhor para revelar os espinhos do que o próprio presidente do Clube. Mesmo sem abrir a boca. Por sorte, se Hemerson Maria for o cara mais equilibrado que existe na face da terra, nada disso que surgiu sobre a parceria com o Corinthians abalará o ânimo do soldado Maria.

Ainda acho que deve existir uma lógica de negócios que não justifique tudo isso. Porque, com Zunino, é sempre assim. Mas ainda prefiro acreditar que é tudo para vender jornal. Só pode.
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O que não pode faltar é você.

O Avaí abriu as portas, novamente, para sua torcida. Pasme: numa boa fase. Não fosse esta uma Diretoria encabeçada por João Nilson Zunino, diria convicto que estamos no caminho certo novamente. 

Se você acordou só agora, é possível que não saiba da carrada de atrativos que envolvem o jogo.

Superstição

O Avaí precisa de pelo menos um ponto contra o Joinville. Assim, pode chegar em Blumenau precisando da vitória, como em 2009 e 2010. Nos anos do bicampeonato, o Avaí foi ao último jogo do returno precisando vencer o Metropolitano. Só será possível reviver essa mística se pontuarmos em cima do JEC.

Ingressos mais baratos

Os setores descobertos passam dos atuais R$30 para R$20. 

Sócio leva acompanhante

Sócios em dia poderão retirar um ingresso na Secretaria. Confira os dias em que pode ir à Secretaria 

  • Quarta-feira: 9h às 19h
  • Quinta-feira: 9h às 19h
  • Sábado: 9h às 12h

Sorteio de ingressos para o show do Paul

Cinco ingressos, que valem no mínimo 280 reais, serão sorteados. Dois para quem comprar ingressos, três para sócios.

Crianças de graça e chocolates na Páscoa

Crianças menores de 12 anos não pagam ingresso e ainda ganham chocolates na entrada do estádio!

Recepção aos jogadores



O maior motivo: a SUPERSTIÇÃO!

O Avaí precisa de pelo menos um ponto contra o Joinville. Assim, pode chegar em Blumenau precisando da vitória, como em 2009 e 2010. Nos anos do bicampeonato, o Avaí foi ao último jogo do returno precisando vencer o Metropolitano. Só será possível reviver essa mística se pontuarmos em cima do JEC.

Finalmente tudo parece conspirar para o Avaí mais uma vez campeão. Diferente da última vez, até a Diretoria parece ter entendido o recado. Se o torcedor atender ao chamado, quem sabe não leva uma apunhalada nas costas no futuro, quando as coisas melhorarem pro Leão se seguir nesse caminho.




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Não existiu um Avaí de Mauro Ovelha.

Existiu o lendário Avaí de Silas, aquele de 2008 e 2009. Existiu o Avaí de Chamusca. O Avaí de Benazzi. O Avaí de Silas novamente. O Avaí de ninguém, na Série A de 2011. 

O Avaí foi muitos, mas sempre o mesmo, claro. As diferenças não estão só naqueles que correm atrás da bola. Têm aqueles que deveriam pensar o jogo à beira do campo, aperfeiçoar as qualidades e amenizar as dificuldades técnicas do grupo. Tudo que gira em torno do Avaí girou em torno deles durante mais ou menos tempo, mas em torno deles. Protagonistas sem as bolas nos pés. 

Se é pouco tempo para dizer se haverá um Avaí de Hemerson Maria, não é tarde para afirmar que não existiu um Avaí de Mauro Ovelha. Para bom entendedor, isso basta. 




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Lamento dizer, Hemerson, Emerson...

São 3 anos de mau futebol na Ressacada. Foram 2010, 2011 e agora 2012 com a nata do futebol mal jogado com a camisa azul e branca. Só os melhores dos piores. Tem quem acredite que algum técnico resolverá isso.

São 3 elencos diferentes, modificados a todo instante, com uma carrada de técnicos diferentes. Muda ano, passa ano, competição, tempo. Algumas coisas é que não mudam. Robinho é e será titular sempre. Arlan será o preferido da lateral direita sempre. Aleks brilhou no mundial sub-20, mas não pode mais tar chance de jogar após uma falha como titular do time profissional. Se o time vencer sem Capixaba, ótimo. Mas se perder sem Capixaba, ai ai ai. Dois jogos sem Capixaba, duas derrotas? Tchau, treinador.

São 3 coisas imutáveis no mundo do futebol: a bola pune quem a maltrata, um time só é um time se for unido, o único responsável pelos seus atos é o autor deles. Jogadores ruins, times sem afinidade, técnicos e dirigentes sem autonomia.

Hemerson Maria e Emerson Nunes entendem do riscado do mundo da bola. Só não darão jeito se as coisas continuarem assim. Infelizmente.


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Quarteto dos infernos.

O leitor deve ter notado que pouco escrevi nessa semana. Pois é, não é falta de assunto, não. É só a ansiedade de ver Cleverson e Robinho no mesmo. Só que ao contrário.

Durma-se com um barulho desses.

Depois do jogo desta noite, aí sim teremos assunto para uma semana inteira.

O novo velho esquema de Ovelha.

Mauro Ovelha começou a caminhar para o lado menos errado. Contra o Brusque o Avaí já pôde ser o time que deve, pois foi escalado como deveria ter sido - a exceção do fato de Palhinha estar ausente. Jogamos mal. Mal demais. Por simples falta de entrosamento, desenho tático. O Avaí não se desenha taticamente em campo. O que pressupõe que nossos jogos estão próximos de uma pelada.  

Com a tentativa de repetição da formação passada, com exceção feita à dupla de ataque e à inserção de Robinho no time titular, o Avaí deve ganhar em peso no meio de campo. Cleverson finalmente vai jogar enfiado pelas pontas, enquanto Robinho e Cleber Santana devem jogar um com o outro o tempo todo. É o que também se pressupõe de um time que contenha um terceiro homem e um meia-atacante.

A maior curiosidade é saber porque Robinho, voltando de lesão, entra no time titular logo de cara. Sem a qualidade habitual e agora também sem ritmo. Que minha língua arda no inferno...
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Nova reunião do Conselho. Novas dúvidas.

Uma nova reunião do Conselho Deliberativo foi convocada. Em pauta, principalmente, a presença do Departamento de Futebol e a votação de uma reforma estatuária.

Ainda que seja interessante, não há qualquer razão para que o Conselho discuta qualquer assunto com o Departamento de Futebol. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa completamente diferente. Não há sequer uma linha em comum. A princípio, parece uma manobra para despistar a pressão que cairia sobre a Presidência após a afirmação de Polidoro Junior sobre um rombo de R$15 milhões no caixa do Clube em 2011.

A reforma estatuária, essa sim promete. Feita na surdina, sem a participação de conselheiros convocados para sua elaboração - como Adir Júnior -, deve surgir prontinha, somente para votação. E aí mora o perigo... Mas quem sabe dessa vez o perigo more ao lado do Presidente.





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A empresa de Gabrielzinho.


O atleta Júlio César Godinho Catole, conhecido no mundo do futebol comoJulinho, tem contrato com o Avaí Futebol Clube até 31 de dezembro de 2014. Bem na Copa do Brasil de 2011 defendendo o Leão, participou de uma farsa para tirá-lo da Ressacada, inclusive envolvendo o departamento médico do clube.

Montado o teatro no Sul da Ilha, foi levado por seu empresário para o Club de Regatas Vasco da Gama, já com o Campeonato Brasileiro em andamento, onde não conseguiu se firmar na equipe titular, que viria a ser vice-campeã Brasileira.

Para esse ano, ainda no Vaso da Gama, Julinho não caiu nas graças da torcida vascaína nem dos treinadores Ricardo Gomes e Cristóvão Borges. O desinteresse do Clube da Colina deu-se muito mais pelos seus aproveitamentos noturnos, do que pela falta de futebol...

No início desse mês, numa ponte aérea Rio-Recife, Julinho acabou sendo emprestado ao Sport Clube do Recife, o conhecido Leão da Ilha do Retiro.

O "difícil" no empréstimo de Julinho ao Leão da Ilha do Retiro, é que pertencendo ao Avaí e estando no Vasco da Gama, precisaria do aval dos diretores do Sul da Ilha, bem como do empresário do jogador.

E esse aval acabou sendo a parte mais fácil da questão: o diretor do Avaí e o empresário do jogador, na negociação em tela, foram a mesma pessoa, "dois em um", Gabriel Zunino, proprietário da Ilha Sports.

Estou curioso para saber quanto entrou no cofre da Ressacada...

Haja socialização!

Caldeirão sob a fogueira errada.

Mauro Ovelha era o treinador que o torcedor queria. Apesar dos clamores por outros nomes mais famosos ou conhecidos na Capital, ninguém é capaz de negar os fatos: foi o técnico mais vezes finalista do Catarinense nos últimos anos.

O perfil disciplinador, a característica dos seus times, que costumam comer grama, tudo levava a crer que o Avaí de Mauro Ovelha faria um pouco do ranço da torcida passar. Não aconteceu ainda. Só piorou.

Ontem foi o jogo em que saí mais decepcionado da Ressacada. Ganhamos, feio, mas fizemos o resultado. Não fomos mais do que deveríamos ser. Fosse outrora, outros tempos, ainda teríamos saído nos falando: "pelo menos ganhou".

Não sei o que houve. Se é a onipresença do maior rival sempre nas pontas, com um futebol que pode se chamar de futebol, se são os repetidos erros da Diretoria. Se é a conjectura de 3 anos sob a mesma nuvem negra. 

Não importa o que é. Ovelha precisa vir a público pedir à torcida que durante os 90 minutos apoie o time, perdendo ou não, jogando bem o mal, que apoie os 90 minutos. As coisas às vezes precisam de um empurrão. Assim como conseguiu Alfredo Sampaio em 2007, num momento não tão diferente, que acabou aposentando a camisa 12.

Até mesmo o goleiro Diego, que chegou ontem, já sentiu que muita coisa mudou: "Eu já senti a pressão da torcida do Avaí. Mas era contra mim. Hoje, essa pressão continua contra mim - mas eu estou no Avaí. Acho que tem muito a ver com tudo que tem acontecido recentemente aqui."

Mauro Ovelha precisa tentar acender o caldeirão. Mas com uma fogueira diferente daquela que acendeu ontem.
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Zunino, seja idôneo.

O Presidente do Avaí, João Nilson Zunino, não virá a público pedir que se permita à torcida manifestar-se contra a sua administração por meio de faixas sem palavras agressivas? Não é um princípio básico? Permite-se faixas de elogios, deveriam permitir também de protestos.

Só por perguntar... Depois, que não peça elogios. 

Podem esperar para breve a irônica faixa PARABÉNS ZUNINO. Aí quero ver tirarem.
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As mudanças no esquema de Mauro Ovelha.

Mauro Ovelha foi mais ousado do que se esperava. Segundo o Infoesporte, o técnico do Avaí decidiu tirar a muralha de volantes (até porque Diogo Orlando e Carrinho Guerreiro estão no DM). Da zaga para frente, é só Bruno com função puramente defensiva.

É muito além do que o mais sonhador dos torcedores conseguiria vislumbrar. Se há poucos dias Mika era enxergado como a opção de segundo-volante com visão de jogo suficiente para abrir os caminhos em campo, contra os três últimos da tabela parece que até sua função defensiva será deixada de lado. 

Talvez até pela presença do ainda fora de forma Nunes é que veremos o garoto Maurício correndo feito louco dentro de campo, procurando seu lugar ao sol. Um pouco para poupar Nunes de ser o único homem da frente, talvez. Municiados por Palhinha e Cleber Santana, os dois têm tudo para dar certo.

Resta esperar pelo jogo de sábado e pelo passeio que o descaracterizado Brusque deve levar na Ressacada. Sem falsa modéstia. Depois, provavelmente teremos o retorno de pelo menos algum segundo volante ao time. É o que se aguarda, conhecendo Mauro Ovelha da maneira como conhecemos.


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Na próxima, leve-se a sério.

Lamentável a organização do Movimento Fora Zunino. O fato de ter surgido nas redes sociais em nada influencia a seriedade do que se pretendia com o revival do movimento louvável de anos atrás. O que determina gravemente o quanto era possível se esperar foram três fatores.

Em primeiro, claro, o momento. Não que exista momento errado depois de mais de 10 anos da administração no máximo regular de João Nilson Zunino, o cara de 2 títulos em 10 anos. Mas, simplesmente, porque esta é a hora em que a maioria dos torcedores está nas redes sociais como nas arquibancadas: prontos para xingar qualquer erro e também louvar o seu amor ao Avaí após a primeira vitória. 

Em segundo, as propostas. Aliás, quais propostas? Não há outra proposta desde o início que não seja a deposição do atual Presidente. 

Em terceiro, o único ponto que poderia ter vingado, a idealização. Qualquer atitude, pensada ou não, contra a administração que tornou-se uma erva-daninha no Avaí tem tudo para pelo menos fazer barulho. Não deu.

Parece que hoje é fácil falar, depois de ver o total fracasso da primeira manifestação. Mas isso já estava conversado entre amigos desde o início. Só esperava que pelo menos o barulho fosse feito, a única parte realmente séria desde o início.
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Saudades de vocês, Zaltron e Jandson.

Roubo o sensacional post do amigo Felipe Silva, que destrinchou os números da dupla Capixaba e Neílson. Só para ressaltar, quando vejo esses dois jogarem quase que sinto saudades das caneladas do Jandson e das bolas que iam parar lá em casa nos chutes do Zaltron - pelo menos era engraçado na época.


O raio-x da dupla nada dinâmica


Esse é Neílson:

- 12 jogos

- 9 jogos como titular

- 723 minutos jogados (média de 60min15s por jogo)

- Foi substiuído 6 vezes (ou seja, 2/3 dos jogos como titular)

- Fez 2 gols (média de 1 gol a cada 361 minutos, ou 4 jogos mais 1 minuto)

- Não deu nenhum passe para gol

- Levou 1 cartão amarelo
Esse é Ronaldo Capixaba:

- 12 jogos

- 11 jogos como titular

- 767 minutos jogados (média de 63min55s por jogo)

- Foi substituído 9 vezes (aproximadamente 4/5 dos jogos como titular)

- Fez 2 gols (média de 1 gol a cada 383 minutos, ou 4 jogos mais 23 minutos)

- Não deu nenhum passe para gol

- Levou 2 cartões amarelos
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Mika, do tipo fundamental.

Pode-se dizer que a zaga do Avaí levou 3 gols do fraco Atlético-IB, mas ainda assim pode-se dizer, pelo conjunto da obra que é uma zaga mais ou menos ajeitadinha: aquela de que não se precisa de muito esforço para arrumar. A sacanagem começa é na frente da zaga.

Utilizando Bruno, Diogo Orlando e Marcinho Guerreiro na frente da defesa, Mauro Ovelha criou um time que segura a bola sem nada fazer com ela. Em Ibirama, até em função das lesões de Marcinho e Diogo, vimos um Avaí mais leve com a entrada do rapaz Mika

Claramente, não serve para dar o apoio necessário à zaga na falta de um lateral direito, como aconteceu na cidade do Vale. É o segundo-volante que pode tabelar com Cleber Santana e ainda chegar na cara do gol com facilidade. Tem facilidade para achar os espaços do meio pra frente e isso é o que não se via com o trio parada dura que Ovelha insistiu em escalar. Um jogador como Mika é fundamental, aquele que recebe a bola do volante e olha pra frente.

Mas tudo isso depende dos laterais cobrirem bem as subidas dos volantes - Cleber não é um autêntico camisa 10, mas sim um terceiro volante. Quem sabe com Diego Palhinha de autêntico meia-atacante, trazendo mais volume e opção de jogo a quem joga atrás, o problema começa a tornar-se menor e teremos um belo trio de jogadores inteligentes e habilidosos em campo. Bruno, zagueiros e laterais que cubram o espaço quando o Avaí for ao ataque. Assim era o Avaí de 2009 - e curiosamente temos peças à disposição hoje para reeditarmos aquele esquema.

A camisa 9? Joga pra cima, quem pegar primeiro faz a função de cone que Capixaba e Neílson têm feito. Entre jogar com 9 ou 10 desde o início, não é necessário dizer o que é preferível.


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Jornalismo de oportunidade.

Na noite de domingo, Alisson Francisco, repórter da RBS, lançou nota no Facebook reclamando da atitude de alguns blogueiros. Sem citar nominalmente a quem se refere, somente afirma que sabe de muita coisa que não fora publicada nos jornais.

Notícias que poderiam ter vindo a público sobre brigas políticas, pelo poder, e sobre o real desfecho da parceria com a LA Sports. Nunca vieram no momento em que eram oportunas e atuais. Somente estão sendo utilizadas como parte de uma disfarçada ameaça contra as críticas que tem recebido.

Nenhuma crítica é pior do que a que farei agora, Alisson. O compromisso com a verdade, com a utilidade ao leitor, já se sabe onde não procurar mais.
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Existe o lado bom de uma derrota ridícula?

Errando é que se aprende. E sim, para quem pretende aprender para vencer, o jogo em Ibirama foi um prato cheio. Menos mal para o torcedor, que pretende ver seu time o mais vezes campeão do Estado mais uma vez, é que há lições que não dependem da Diretoria, somente do técnico e do grupo. Basta quererem.

Primeiro, fundamentalmente, o Avaí precisa jogar com 11.  De nada adiantam uma boa defesa, um bom meio de campo e dois atacantes inoperantes em todos os sentidos da palavra "marcar". Neílson e Capixaba são de longe a pior dupla de ataque desde Zaltron e Jandson. Não pressionam a saída de bola adversária e possuem igual ou pior qualidade com a pelota nos pés. Dificultam o jogo para o resto do time de maneira sobre-humana. 

Com Arlan expulso, ficou evidente o problema do Avaí: não temos 2 jogadores em campo desde o início. O time não mais se achou em campo quando Mika precisou recuar e Cleber Santana ficou ainda mais longe da área e isolado na articulação. Chegamos ao topo do ridículo com a pior dupla de ataque dos últimos tempos: dependemos do camisa 10 para armar a jogada e ainda fazer o gol.

Mas ainda há outros pontos para Mauro Ovelha assimilar da derrota vergonhosa em Ibirama. Mika merece um comentário somente para ele. Assim como a necessidade de uma pequena mudança no esquema tático. Mas, enfim, papo para outro post.

O que é isso, Infoesporte?

Ontem foi ao ar no ótimo portal esportivo a matéria "Figueira muda relação com a Brazil Soccer". Cheia de contradições, a matéria tenta induzir o leitor o tempo todo a pensar que as relações de Eduardo Uram com o time do Estreito diminuíram. Não sei qual o real intento de tal matéria, mas é difícil de tirar a expressão "café com brócolis" da cabeça depois dela. Na verdade, parece um release.

Logo nos títulos, o autor informa que cinco jogadores (minoria) do time de 2012 são do empresário. Durante o texto, revela que na verdade seis (maioria) são de Eduardo Uram. Ainda no mesmo parágrafo, afirma que dois dos titulares ainda são da Brazil Soccer, mas têm outros empresários que não o Uram. No final das contas, são 8 titulares, 3 a mais do que o anunciado na manchete.

A série de truques continua no texto quando cita que sete reservas são da Brazil Soccer, o que resulta no total de 15 jogadores da empresa no Figueirense em 2012. Cinco a menos do que em 2011. Mas foi o suficiente para terminar a "reportagem" com referência a Marcos Moura Teixeira, que afirmou que a dependência de um único empresário diminuiria. Além, claro, do tom até mesmo ufanista que ponteia o texto do início ao fim, tentando convencê-lo de que a dependência diminuiu. De fato, saíram dos absurdos 9 titulares para 8 de Uram no atual time do Estreitense. Que relação harmoniosa e equilibrada, não?

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