Postado por: Rafael VE setembro 26, 2011

O cara que se esconde por trás de uma vaia é um covarde.

Todos nós sabemos que o time do Avaí é limitado. Não é preciso um "ixpecialista" pra me dizer isso. Eu sei e entendo de futebol. Não sou um profundo conhecedor do futebol, desses que tem diploma, mas aos 50 anos já vi e ouvi o suficiente para entender esse troço jogado dentro de quatro linhas num gramado verde. É complicado ver o time do Avaí jogar, pra quem é amante do futebol.

O Avaí começou esta temporada repetindo o ano de 2010. Não vou me alongar nos detalhes, que já são de conhecimento de todos, mas como cópia xerox, que a cada passagem pela máquina fica pior, copiamos e fizemos mais ruim ainda do que no ano passado. O resultado já foi cantado e decantado em samba, rock e tango para todos. Repetir as mesmas palavras virou disco furado e arranhando.

Por isso, se alguém ainda vai ao jogo do Avaí esperando lances mirabolantes, jogadas apoteóticas, gols de placa ou vitórias épicas, pode tirar o cavalinho da chuva. O sujeito que vai ao jogo do Avaí hoje é porque é avaiano. E disso ninguém duvida. O cara paga muito para pouco futebol. E paga porque quer ver o Avaí.

E aí eu pergunto: por que a vaia?

Quem manda uma vaia sente-se superior. O sujeito que vaia a alguma coisa, obviamente afirma que faz melhor do que aquilo. A constestação é sinal de superioridade, em qualquer ambiente. Ora, mas então, se já sabemos que o time é limitado, que alguns jogadores tem desempenho sofrível, que viveremos, daqui pra frente, de rezas e motivações chorosas, por que a vaia? O sujeito que vaia nesta hora é um covarde, pois está batendo em bêbado e se gaba de ser um lutador de vale-tudo. Chuta cachorro morto e posa de justiceiro.

Claro que alguns analfabetos funcionais me acusarão de desviar o foco e de estar culpando a torcida. Mas para estes eu dedico o meu desprezo. O que falam é farinha que voa com o vento.

Não há mais necessidade da vaia. Não adianta mais chamar o time do Avaí de time sem-vergonha. Apelar, xingar e humilhar, agora, não é mais necessário. Não fará a menor diferença. Tudo isso a gente já sabe. Já foi dito, já foi vaiado, já foi execrado. O Avaí está confirmando, a cada rodada, sua queda à série B. Então, porque a vaia?

A vaia vai levantar o time? Vai fazer o jogador limitado fazer uma jogada de gênio? Definirá que o cara que nunca pôs o pé na bola passe a dividir todas? Fechará a zaga? Vai fazer os gols acontecerem e as vitórias surgirem? Vai fazer o sol sair de trás da peneira? Então, pra quê?

É preferível começarmos a apoiar. E apoiar como nunca antes apoiamos. Nesta hora é que o Avaí precisa mais da gente, como nunca. Apenas nós, torcedores, podemos mudar isso agora. Tudo já foi feito, de certo e de errado, tudo já foi tentado, as lambanças levaram a este estado de coisas. Portanto, a vaia só acelerará a queda, com tudo o que sabemos. E eu, com todas a força do mundo, vou lutar junto com o Avaí instituição, para que não sejamos rebaixados. Porque todos seremos rebaixados, sem distinção. Se o Avaí cair, cai todo mundo.

Claro, exceto aquela meia duzia de seis seguidora da mídia e que adora tripudiar sobre o Avaí. Para eles, tanto faz. O negócio é ser realista. 
 
*Alexandre C. Aguiar é o titular do blog Força Azurra

P.S.: O opinião do blog vidAvaí não é sempre integralmente igual a dos textos aqui reproduzidos.

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