O cara que se esconde por trás de uma vaia é um covarde.
Todos nós sabemos que o time do Avaí é limitado. Não é preciso um
"ixpecialista" pra me dizer isso. Eu sei e entendo de futebol. Não sou
um profundo conhecedor do futebol, desses que tem diploma, mas aos 50
anos já vi e ouvi o suficiente para entender esse troço jogado dentro de
quatro linhas num gramado verde. É complicado ver o time do Avaí jogar,
pra quem é amante do futebol.
O Avaí começou esta temporada repetindo o ano de 2010. Não vou me
alongar nos detalhes, que já são de conhecimento de todos, mas como
cópia xerox, que a cada passagem pela máquina fica pior, copiamos e
fizemos mais ruim ainda do que no ano passado. O resultado já foi
cantado e decantado em samba, rock e tango para todos. Repetir as mesmas
palavras virou disco furado e arranhando.
Por isso, se alguém ainda vai ao jogo do Avaí esperando lances
mirabolantes, jogadas apoteóticas, gols de placa ou vitórias épicas,
pode tirar o cavalinho da chuva. O sujeito que vai ao jogo do Avaí hoje é
porque é avaiano. E disso ninguém duvida. O cara paga muito para pouco
futebol. E paga porque quer ver o Avaí.
E aí eu pergunto: por que a vaia?
Quem manda uma vaia sente-se superior. O sujeito que vaia a alguma
coisa, obviamente afirma que faz melhor do que aquilo. A constestação é
sinal de superioridade, em qualquer ambiente. Ora, mas então, se já
sabemos que o time é limitado, que alguns jogadores tem desempenho
sofrível, que viveremos, daqui pra frente, de rezas e motivações
chorosas, por que a vaia? O sujeito que vaia nesta hora é um covarde,
pois está batendo em bêbado e se gaba de ser um lutador de vale-tudo.
Chuta cachorro morto e posa de justiceiro.
Claro que alguns analfabetos funcionais me acusarão de desviar o foco e
de estar culpando a torcida. Mas para estes eu dedico o meu desprezo. O
que falam é farinha que voa com o vento.
Não há mais necessidade da vaia. Não adianta mais chamar o time do Avaí
de time sem-vergonha. Apelar, xingar e humilhar, agora, não é mais
necessário. Não fará a menor diferença. Tudo isso a gente já sabe. Já
foi dito, já foi vaiado, já foi execrado. O Avaí está confirmando, a
cada rodada, sua queda à série B. Então, porque a vaia?
A vaia vai levantar o time? Vai fazer o jogador limitado fazer uma
jogada de gênio? Definirá que o cara que nunca pôs o pé na bola passe a
dividir todas? Fechará a zaga? Vai fazer os gols acontecerem e as
vitórias surgirem? Vai fazer o sol sair de trás da peneira? Então, pra
quê?
É preferível começarmos a apoiar. E apoiar como nunca antes apoiamos.
Nesta hora é que o Avaí precisa mais da gente, como nunca. Apenas nós,
torcedores, podemos mudar isso agora. Tudo já foi feito, de certo e de
errado, tudo já foi tentado, as lambanças levaram a este estado de
coisas. Portanto, a vaia só acelerará a queda, com tudo o que sabemos. E
eu, com todas a força do mundo, vou lutar junto com o Avaí instituição,
para que não sejamos rebaixados. Porque todos seremos rebaixados, sem
distinção. Se o Avaí cair, cai todo mundo.
Claro, exceto aquela meia duzia de seis seguidora da mídia e que adora
tripudiar sobre o Avaí. Para eles, tanto faz. O negócio é ser realista.
P.S.: O opinião do blog vidAvaí não é sempre integralmente igual a dos textos aqui reproduzidos.