Postado por: Rafael VE setembro 20, 2011

A Ressacada foi, outrora não distante, conhecida como o Templo do apoio incondicional. Lembro-me muito bem de como era isso. Achei incrível, nas primeiras vezes em que fui ao nosso estádio, como um passe errado era aplaudido tanto quanto um passe certo. Nunca entendi direito qual era a lógica daquilo, mas adorava a ideia de que isso daria coragem ao jogador de tentar novamente, até acertar. Isso acabou.

Em nosso primeiro ano de Série A, diante do Fluminense, um caso emblemático. Foi o único caso nestes 3 anos de elite em que um jogador tentou três vezes um chute, foi vaiado após os dois primeiros, e gravou o nome na história com o terceiro. Mas o ano era 2009, o time era talvez o melhor de nossa história e o jogador era o Léo Gago, fazendo o terceiro e belo gol contra o Fluminense. Isso nunca mais aconteceu.

No futebol, o acerto vem depois dos erros. Caso contrário, nenhum time precisaria entrar em campo e o placar seria sempre empate. Nosso estádio não só deixou de ser um caldeirão. A Ressacada simplesmente não é mais um lugar confortável aos jogadores do Avaí. Com os limitadissimos times montados nestes dois anos, junta-se o fator de nossa torcida ter virado fria e ranzinza. Não entrarei nos méritos desta metamorfose.

Como já se falou aqui, torcida pode não ganhar jogo, mas com certeza ajuda a perder. Esta é uma questão que deveria independer de preços e qualquer fator. Ir ao estádio é uma questão de apoio. Caso contrário, seria mais confortável e barato assistir aos jogos do sofá de casa. Com direito a cervejinha e tudo.

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