Postado por: Rafael VE
setembro 12, 2011
Aqueles jogos finais da Série A de 2010 foram como um alerta para mim. Naquele momento, mesmo sabendo que talvez fosse melhor cairmos para a Série B para que a atual Diretoria pudesse aprender com os próprios erros, ficou claro que eu não abria mão da Série A de 2011. Mesmo que cair tenha sido bom para tantos clubes grandes do Brasil. No final do ano passado, rejeitei com todas as forças sentir novamente aquela agonia de estar na Série B.
Voltei ao estádio. Assim como todos que queriam o Avaí na Série A, todos que não abriram mão do sonho mostraram, como barulhentos tapas na cara da Diretoria, qual é a verdadeira torcida do Avaí quando o preço não é proibitivo.
Descobri que não abro mão da Série A. Mas também não abro mão do meu dever de ser politizado, inclusive em relação ao meu Clube. Precisava de uma solução, algo que pudesse servir como instrumento político e valorizador de opinião. A única maneira encontrada: tornar a ser a sócio.
Não que a opinião daqueles que hoje não são sócios deva ser excluída. Claro que não. Aliás, é preciso saber o que falta para termos mais sócios. Mas é obrigação do Clube dar a garantia de que o sócio será ouvido. Somente sócios podem votar em eleições para Presidente. Somente sócios participam de Assembleias Gerais. Somente sócios podem ser e fazer oposição, pois somente estes têm algum poder político. Voltei a ser sócio para tentar mudar por dentro o que por fora é impossível.
No final de 2010, descobri que não abro mão da Série A. No final de 2011, descubro que não abro mão de poder ser oposição, mesmo que pareça às vezes que as críticas queiram o Avaí na Série B. A oposição será assim mal interpretada enquanto for bagunçada e anarquista. Mas isto nós podemos resolver até o final de 2012, não podemos?