Postado por: Rafael VE setembro 16, 2011

O meia Pedro Carmona foi o último reforço do Palmeiras para a temporada 2011, e provavelmente o último representante de um perfil adotado pela administração que assumiu o Palmeiras no início do ano. O presidente Arnaldo Tirone teve como prioridade a contenção de gastos no futebol, e por isso não investiu em contratações de peso. Para a próxima temporada, porém, o panorama deve mudar. Pelo menos foi essa a conclusão de uma reunião inicial de planejamento entre diretoria e a comissão técnica capitaneada por Luiz Felipe Scolari.

A chegada de nomes mais conhecidos depende diretamente da classificação ou não para a Taça Libertadores. Em queda no Campeonato Brasileiro, o time ocupa hoje a oitava colocação, com 34 pontos, e precisa reagir rapidamente para não se distanciar do grupo de cima da tabela. A diretoria reconhece que o elenco ainda não é o ideal, mas promete corrigir problemas pontuais.

- Estamos começando o planejamento, não fizemos uma análise completa, mas queremos reforçar o grupo de maneira que possamos ter um pouco mais de sobra e força para disputar os campeonatos – afirmou o vice-presidente Roberto Frizzo.

O dirigente adotou a postura de não comentar sobre contratações, querendo evitar a criação de falsas expectativas na torcida. No entanto, o Palmeiras já observa jogadores dentro da Série A e em campeonatos do exterior. Nomes bem conhecidos, conselheiros garantem. Mas nenhum interesse foi revelado publicamente.

- Já disse que eu só anuncio contratações, vamos trabalhar, ainda tem muita coisa para acontecer até o fim do ano – avisou Frizzo.

Com três ou quatro contratações de qualidade, o Palmeiras quer acabar com problemas recorrentes de um elenco considerado enxuto. Para o jogo contra o Avaí, por exemplo, Felipão deve improvisar na lateral direita – Cicinho se machucou e desfalca o Verdão por no mínimo um mês. Os volantes João Vitor e Márcio Araújo são favoritos à vaga em uma posição que ainda tem o garoto Paulo Henrique, lateral de ofício que nunca jogou uma partida oficial pelo clube.

O setor de criação é outra preocupação: a diretoria vai buscar outro nome de peso para fazer companhia a Valdivia, atualmente em recuperação de lesão na coxa direita. Lincoln, emprestado ao Avaí, não terá mais espaço com Felipão, e Patrik, Tinga e Pedro Carmona serão trabalhados para se tornarem boas opções de jogo.

A gestão Arnaldo Tirone contratou poucos jogadores para a temporada, sendo o zagueiro Henrique o de maior impacto – emprestado do Barcelona por um ano. Os outros nomes foram: Wellington Paulista (que já foi devolvido ao Cruzeiro), Paulo Henrique, Gerley, Fernandão, Ricardo Bueno e Pedro Carmona. O atacante Maikon Leite, que chegou no fim de junho, foi contratado pelo antigo presidente Luiz Gonzaga Belluzzo e estava acertado desde janeiro.

*Por Diego Ribeiro, São Paulo, para Globoesporte.com.

Comentário do blog: O Avaí por duas vezes acertou e planejou o ano posterior. Por quê desistiu após os casos de sucesso? Faltou a experiência e o tato do Luiz Alberto, da LA Sports? Provavelmente... Mas o Avaí pode andar com as próprias pernas. Basta planejar. O que parece não ter sido feito por dois anos seguidos. Mais um erro, talvez crucial, somado a tantos outros erros.

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