Postado por: Felipe Matos agosto 23, 2009


Diz o Cosme Rímoli em seu blog que a Feijoada do Avaí é uma provocação ao time do Flamengo. Se você não entendeu o que uma coisa tem a ver com a outra, não se preocupe, eu também não entendi até agora. Tereria a chance do ato de comer feijoada antes de assistir a um jogo ser uma espécie de ritual canibalístico ou sarcástico contra seus adversários? É, também não entendi, mas olha alguns trechos do que ele escreveu:

Os dirigentes se empolgaram, lógico. E, hoje, contra o Flamengo, permitiram que a torcida faça uma enorme feijoada antes da partida. As 11 horas, eles poderão comer a feijoada com direito a show de pagode. No estádio da Ressacada. O clima de festa envolvendo o jogo é um grande estímulo ao Flamengo. Qualquer manezinho pode perceber isso. Só os dirigentes que não. Silas, muito leal, não critica, não xinga, não abre a boca. Só sabe que seu trabalho será dobrado. Fazer seu limitado time jogar bem é só a sua primeira missão. A segunda é preparar seus atletas para enfrentar uma equipe provocada, menosprezada. Para que feijoada? Pagode? Festa antecipada para o Flamengo que irá apenas com quatro jogadores titulares? O Avaí está indo tão bem no Brasileiro porque trabalha sério. Não porque tripudia, menospreza adversários. Silas precisa entender. Os inimigos dentro de campo podem ser bem mais fáceis do que aqueles nos camarotes do Ressacada. Camarotes reservados à diretoria do próprio Avaí. Se o time não conseguir a 11ª partida sem derrota, a culpa é dos seus dirigentes. Esse é o futebol brasileiro...

E essa é a imprensa esportiva brasileira, desinformada e metida a escrever sobre o que desconhece. Alguém já disse que para escrever sobre futebol não precisa de muita coisa. Cosme Rímoli pecou pela arrogância e pela ignorância. Não conhece o Avaí, não conhece nossa realidade. Não conhece eventos como Na Concentração do Leão e a propria feijoada, realizada para levantar fundos e confraternizar torcedores, inclusive torcedores rivais, como vimos ao longo de todo o ano.

Talvez ele esteja acostumado com times como o Corinthians que levanta dinheiro com a MSI, com o Flamengo que fatura milhões e misteriosamente vive em dívidas, com o Fluminense e seu reinado de janelas, com o Barueri e seu dinheiro público no futebol. Mas, Cosme não conhece o Avaí. Não sabe como é difícl fazer futebol com dinheiro limpo e que eventos como a Feijoada acontecem desde que o Avaí existe.

Ou o mais provável é que ele pense que o mundo gira em torno do umbigo do Flamengo e que nós, aqui no suburbio da mídia, somos uns deslumbrados com a benção de recebermos um time do eixo-Rio São Paulo.

Pobre Cosme. A ignorância é triste de se constatar, mas nada impede que ele lance um novo texto retificando as informações equivocadas que escreveu por desconhecer nossa realidade regional.

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