O que é
Muriqui?
Em 2007, eu costumava dizer que ele era uma
ilha de criatividade e talento em meio a um mar de previsibilidade e mediocridade. Era rápido e habilidoso. Tirar a bola dele era praticamente impossível.
Há quem tenha sido contra seu retorno nesta temporada. Os "especialistas" o consideravam uma péssima contratação, pois era o camisa 10 do time que quase amargou o descenso no ano retrasado. Nunca me esquecerei das palavras de Roberto Alves em certa oportunidade, criticando a escalação desse jogador na meia-cancha avaiana de 2007:
"Muriqui é o típico jogador carioca: lento e finalizador" (???). No presente ano, enquetes na internet foram realizadas objetivando saber o que a torcida achava da volta de Muriqui, e todas apontavam o descontentamento do torcedor avaiano.
Pois Muriqui voltou. E é, sem dúvidas, nosso melhor jogador no Brasileirão de 2009. Só que, desta vez, não é mais uma ilha isolada de qualidade, mas uma
peça importante na máquina avaiana (menos, Eduardo, menos...).
Só relembrando os feitos de Muriqui nos últimos quatro jogos: Contra o Santo André,
passe pro gol. Contra o Santos,
passe pro gol. Contra o Náutico,
sofreu a falta que culminou em gol. Ontem, contra o Galo,
dois passes que acabaram em gol.
Mais um jogador que foi vítima dos pré-julgamentos de quem crê entender de futebol. Mais um que "não deveria vir", mas veio e, agora, é
essencial. E não é o primeiro a sofrer essas críticas desarrazoadas e pré-conceituosas: Cássio "só foi contratado por causa do irmão Rafael", Evando "bananeira que já deu cacho", Batista "amostra grátis", Martini, Ferdinando e plurais outros se juntam à lista dos que calaram os críticos.
Até quando a torcida e imprensa julgarão um jogador por seu nome, sua fama, sua estreia? Que o êxito de Muriqui sirva de lição aos "entendidos".