Postado por: Felipe Matos agosto 14, 2009

Lá estava o Doutor Fausto a lamentar-se. Devorara até então quase todos os livros possíveis, de medicina, de leis, de teologia. Seduziu-se inclusive pela magia para ver se ela lhe alcançava "o império espiritual". Um enorme vazio foi o que restou. Viu-se "um pobre simplório...". Pessimista, disse não saber nada direito e que luz alguma podia dar aos homens.

Debruçado na sua mesa de trabalho, acabrunhado, contemplava o luar para ver se a beleza prateada lhe abria um canal, dava-lhe inspiração, um sinal, um atalho qualquer, para o almejado conhecimento. Assim lamuriava-se o personagem-chave da obra-prima de Goethe.

Fausto é o protagonista de uma popular lenda alemã de um pacto com o demônio, baseada no médico, mágico e alquimista alemão Dr. Johannes Georg Faust (1480-1540). A versão mais famosa desta história foi o romance escrito por Goethe, em 1808. Dr. Fausto é um homem desiludido que faz um pacto com o demônio, que o enche com a energia satânica com o qual negocia viver por vinte e quatro anos sem envelhecer.

Durante este tempo, conforme o contrato assinado com seu próprio sangue, Fausto serviria ao diabo em troca da sua alma. Durante este tempo, Fausto entrega-se aos prazeres. Quando o prazo está próximo de chegar ao fim, Fausto apaixona-se pela bela Margarida e pela Vida, mas agora é tarde...ao termino do contrato, o Diabo reaparece para cobrar a dívida e ele é levado para as profundezas do Inferno.


"Quereis sem freio ou visão estreita/ Provar de tudo sem medida."
Goethe - Fausto, 1ª parte, 1808


A Justiça dos homens é falha. A Justiça de Deus é benevolente. Mas, a Justiça da Bola é diabólica. Pode demorar, mas, um dia, a bola pune. Estes que hoje reclamam são os mesmos que outrora sorriam felizes com títulos e janelas. Tiraram sarro e gozaram a vida, mas, agora, na hora de pagar a conta, se fazem de desentendidos e querem romper o pacto. Ficam os anéis e títulos e vão-se os dedos, berram desesperadamente!

Lá estava o Time das Letras a lamentar-se. Devorara até então quase todos os livros possíveis sobre o futebol. Seduziu-se inclusive pela magia para ver se ela lhe alcançava "o império espiritual". Um enorme vazio foi o que restou. Viu-se "um pobre simplório...". Pessimista, disse não saber nada direito e que título algum podia dar aos torcedores.

Debruçado na sua mesa de trabalho, acabrunhado, contemplava o luar para ver se a beleza prateada lhe abria um canal, dava-lhe inspiração, um sinal, um atalho qualquer, para o almejado sucesso. Assim lamuriava-se nosso personagem-chave que resolveu fazer um pacto...

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